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Bolsa da China fecha com queda de 4%, a maior baixa em 5 meses

Exportações sofreram um tombo anual de 20,7% em fevereiro e importações diminuíram 5,2%

Bolsa de Xangai: índice teve queda de 4,4% (VCG/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 8 de março de 2019 às 08h17.

Última atualização em 8 de março de 2019 às 09h13.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, lideradas pelas chinesas, após a divulgação de dados de comércio exterior da China que frustraram investidores, reacendendo preocupações sobre a tendência de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

Em meio à atual disputa comercial com os Estados Unidos , as exportações da China sofreram um tombo anual de 20,7% em fevereiro e suas importações diminuíram 5,2%. Analistas previam quedas bem menores, de 6% nas exportações e de 2,5% nas importações.

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Como resultado, os mercados chineses tiveram hoje seu pior dia em cinco meses. O Xangai Composto caiu 4,40%, a 2.969,86 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 3,79%, a 1.605,28 pontos. Na semana, o Xangai ficou com perda de 0,80%, interrompendo uma sequência de oito semanas de valorização, a mais longa desde 2015.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve baixa de 2,01% em Tóquio, a maior em dois meses, fechando a 21.025,56 pontos, enquanto o Hang Seng caiu 1,91% em Hong Kong, a 28.228,42 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 1,31% em Seul, a 2.137,44 pontos, e o Taiex recuou 0,68%, a 10.241,75 pontos.

Ao longo da semana, o Nikkei se desvalorizou 2,65%, o Hang Seng perdeu 2%, o Kospi caiu 2,6% e o Taiex registrou baixa de 1,4%.

Outros fatores pesaram no sentimento de investidores na Ásia.

Ontem, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou novas medidas de estímulo monetário e cortou fortemente suas projeções de crescimento econômico da zona do euro, contribuindo para os temores sobre a desaceleração da economia global.

A questão do diálogo comercial entre EUA e China também preocupa. Quando os negócios nos mercados asiáticos já haviam se encerrado, o Wall Street Journal divulgou entrevista com o embaixador americano para a China, Terry Branstad, dizendo que ainda não há preparativos para uma reunião de cúpula entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping para resolver o atual conflito comercial, uma vez que nenhum dos lados acredita que um acordo seja iminente.

Branstad afirmou estar esperançoso de que americanos e chineses eventualmente fechem um pacto comercial, mas ressaltou que as negociações das últimas semanas foram "longas e difíceis".

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu a onda negativa da Ásia e o S&P/ASX 200 caiu 0,96% em Sydney, a 6.203,80 pontos, no seu pior desempenho em dois meses. Na semana, porém, o índice australiano garantiu modesto ganho de 0,20%. Com informações da Dow Jones Newswires.

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