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Bolsa cai quase 2% com exterior, pesquisa eleitoral e balanços

A pesquisa sobre intenções de votos mostrou o candidato tucano Geraldo Alckmin ainda está sem vigor na corrida presidencial

A visitor views the electronic board displaying stock activity at the Brasil Bolsa Bacao (B3) stock exchange in Sao Paulo, Brazil, on Thursday, May 18, 2017. Brazil's Ibovespa Index tumbled 7.9 percent, the most since August 2011, as political crisis returned to the country after last year's impeachment process. Photographer: Patricia Monteiro/Bloomberg (Patricia Monteiro/Bloomberg)

A visitor views the electronic board displaying stock activity at the Brasil Bolsa Bacao (B3) stock exchange in Sao Paulo, Brazil, on Thursday, May 18, 2017. Brazil's Ibovespa Index tumbled 7.9 percent, the most since August 2011, as political crisis returned to the country after last year's impeachment process. Photographer: Patricia Monteiro/Bloomberg (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 13h24.

SÃO PAULO (Reuters) - O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta quarta-feira, marcada por vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, com quadro global desfavorável pressionando os negócios, em meio a uma bateria de resultados corporativos e pesquisa eleitoral no cenário doméstico.

Às 12:25, o Ibovespa caía 1,83%, a 77.162,31 pontos, depois de ter recuado 2,26% na mínima da sessão até o momento. O volume financeiro somava 4,05 bilhões de reais.

"Investidores locais começaram o dia avaliando a retomada da cautela no mercado externo...acompanhando os riscos na Turquia", disse o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos.

No radar, estavam notícias de que o governo turco decidiu dobrar as tarifas sobre algumas importações norte-americanas em retaliação a ações de Washington, além das constantes preocupações com disputas comerciais envolvendo os Estados Unidos e outros parceiros.

O índice MSCI de ações de mercados emergentes entrou em um nível técnico considerado baixista nesta quarta-feira, com a queda desde janeiro alcançando 20 por cento.

Da cena doméstica, Chinchila destacou pesquisa sobre intenções de votos, que mostrou o candidato tucano Geraldo Alckmin ainda sem vigor na corrida presidencial.

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas mostrou o pré-candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, liderando, com 23,9 por cento de preferência do eleitorado no cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto Alckmin aparece com 8,5 por cento.

DESTAQUES

- QUALICORP caía 6,2%, após a administradora de planos de saúde coletivos divulgar na véspera que teve lucro líquido consolidado de 88,6 milhões de reais no segundo trimestre, superando em 24% o resultado apurado um ano atrás, quando houve o distrato da venda da carteira Potencial.

- KROTON perdia 6%, tendo no radar queda de 12,8% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre sobre igual período de 2017, em resultado que mostrou aumento de gastos operacionais e despesas com vendas e marketing, bem como provisões maiores com inadimplência.

- ESTÁCIO cedia 4,94%, apesar de ter divulgado na noite da véspera alta de 42,5% no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

- MARFRIG perdia 4,33%, mesmo após o desempenho operacional das operações continuadas medido pelo Ebitda ajustado subir 199% para 461 milhões de reais entre abril e junho, com analistas considerando o resultado confuso e chamando atenção para o endividamento, além da ausência de anúncio sobre a Keystone.

- BB SEGURIDADE avançava 3,16%, tendo de pano de fundo melhora na recomendação por analistas do Credit Suisse, de "neutra" para "outperform". Também no radar estava que a companhia está adotando novo posicionamento de marca, conforme publicado na edição desta quarta-feira no jornal O Estado de S.Paulo,

- JBS subia 1,79%, após o grupo de alimentos divulgar que fechou o segundo trimestre com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 4,24 bilhões de reais, aumento de 12,8 por cento na comparação anual.

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