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Bolsa abre pregão em alta de 0,22%, de olho no exterior

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo deve abrir o pregão desta segunda-feira sem uma direção definida e dependente do humor dos mercados no exterior, que seguem atentos aos sinais vindos da Grécia. Porém, como a votação do plano de austeridade grego deve ocorrer apenas na quarta-feira, os investidores podem buscar uma […]

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 10h18.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo deve abrir o pregão desta segunda-feira sem uma direção definida e dependente do humor dos mercados no exterior, que seguem atentos aos sinais vindos da Grécia. Porém, como a votação do plano de austeridade grego deve ocorrer apenas na quarta-feira, os investidores podem buscar uma melhora na performance de suas carteiras nesta última semana do semestre. A agenda econômica do dia também ganha relevância. Às 10h02, nos primeiros minutos de pregão, o índice Bovespa à vista tinha alta de 0,22%, aos 61.153,82 pontos.

Depois de cumprir tabela na sexta-feira, na ponte do feriado de Corpus Christi com o final de semana, a Bolsa conseguiu segurar o nível dos 61 mil pontos, mas não deve encontrar fôlego para ir muito além desse patamar nos próximos dias. "Quarta-feira é o dia D para a Grécia e os mercados devem andar de lado até lá", avalia o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.

Para ele, depois de o recém-reformulado gabinete do primeiro-ministro, George Papandreou, obter um voto de confiança, não deve haver dificuldades para a aprovação de medidas adicionais de austeridade fiscal com vistas à liberação de recursos. Além disso, a disposição de grandes bancos alemães e franceses de participar voluntariamente do novo plano de socorro à Grécia aumenta a esperança de uma solução para o país mediterrâneo. "Mas será que depois disso a Grécia vai mesmo sair de cena?", indaga o especialista, apontando que os riscos de contágio para outras economias europeias, como Espanha e Itália, são grandes.

Já nos EUA, a agenda econômica da semana é forte. Os dados de renda pessoal e gastos com consumo divulgados hoje ficaram ligeiramente abaixo da previsão, com crescimento de 0,3% e estabilidade em maio, ante previsão de alta de 0,4% e 0,1%, respectivamente. O índice de preços para gastos com consumo pessoal (PCE) subiu 0,2% em maio ante abril e 2,5% ante maio do ano passado, a maior alta anual desde janeiro de 2010. O núcleo do índice PCE, por sua vez, avançou 0,2% em relação a abril e 1,2% em base anual. Às 11 horas, o Fed de Dallas divulga o índice de atividade industrial regional em junho.

Por aqui, especialistas apontam que uma melhora no ambiente de inflação tanto no Brasil quanto na China pode dar alguma sustentação aos negócios. No fim de semana, o premiê chinês, Wen Jiabao, disse ser possível colocar o índice de preços ao consumidor abaixo de 5% neste ano e sugeriu que Pequim pode recuar na adoção de novas medidas de aperto monetário. Já na pesquisa Focus, divulgada nesta manhã pelo Banco Central, houve redução na perspectiva para o IPCA deste ano e do próximo ano, mas um ajuste para cima na projeção da Selic em 2012, que deve ser mantida em 12,50% ao longo do ano que vem. Para este ano, o mercado aguarda um aumento residual de 0,25 ponto porcentual no juro básico já no encontro de julho.

Em tempo: estreiam hoje os negócios com as ações da Brazil Pharma, sob o código "BPHA3". O preço do papel da rede de farmácia foi fixado em R$ 17,25, pouco abaixo do centro da faixa indicativa de R$ 16,25 a R$ 19,25. Na oferta, foram colocados os lotes principal, adicional e suplementar.

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