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Alta firme de Petrobras livra Bovespa do vermelho

Por Sueli Campo São Paulo - A alta firme das ações de Petrobras fez toda a diferença, salvando a Bovespa de uma realização de lucros mais acentuada nesta quarta-feira, marcada por perdas nas Bolsas norte-americanas e europeias. Após alternar pequenas altas e baixas no decorrer do pregão, o Ibovespa encerrou a jornada no zero a […]

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2010 às 14h53.

Por Sueli Campo

São Paulo - A alta firme das ações de Petrobras fez toda a diferença, salvando a Bovespa de uma realização de lucros mais acentuada nesta quarta-feira, marcada por perdas nas Bolsas norte-americanas e europeias. Após alternar pequenas altas e baixas no decorrer do pregão, o Ibovespa encerrou a jornada no zero a zero, no mesmo nível da véspera, aos 69.228,24 pontos. Petrobras, que engatou o sinal positivo logo após a abertura, foi ampliando a velocidade de alta e acabou fechando nas máximas do dia. As preferenciais subiram 3%, valendo R$ 27,50, e as ordinárias registraram valorização de 2,89%, a R$ 30,95.

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Os papéis da petrolífera foram impulsionados por compras de grandes investidores estrangeiros, segundo operadores que acompanham de perto o fluxo financeiro na Bolsa. Isso explica o elevado volume de negócios: R$ 3,288 bilhões, ou 35% do movimento financeiro da Bovespa, que ganhou mais força na reta final do pregão, alcançando R$ 9,363 bilhões.

Essa alta de Petrobras é resultado ainda do ajuste de posições tendo em vista a nova carteira do índice MSCI, referência internacional importante do mercado de ações, que passa a vigorar a partir de amanhã, dia 30. A participação da estatal no índice MSCI Brazil vai subir de 16% para 21% e no MSCI Latam, o peso passará de 11% para 14,5%.

A boa valorização dos bancos na Bolsa hoje também teria sido motivada pelo ajuste ao novo índice MSCI. Bradesco PN subiu 2,78%; Itaú Unibanco PN teve ganho de 1,82% e Banco do Brasil ON se valorizou 1,87%. O noticiário sobre Banco do Brasil foi farto. A instituição anunciou uma parceria com a Oi e a Cielo na emissão de cartões "co-branded" e pré-pagos com bandeira nacional e/ou internacional. Segundo o diretor de cartões do BB, Denilson Gonçalves Molina, o objetivo do banco com a parceria é atingir principalmente a baixa renda, que usa o celular pré-pago. Ainda sobre o BB, o banco chileno CorpBanca confirmou que está em negociação para a venda de "não mais de 10%" de suas ações para o banco brasileiro.

Os papéis das exportadoras de matérias-primas que ontem apresentaram um bom desempenho, ajudando a dar sustentação ao Ibovespa, hoje devolveram prêmios. Siderúrgica Gerdau PN cedeu 2,31% e Metalúrgica Gerdau recuou 1,89%. Usiminas PNA registrou baixa de 2,38% e CSN ON -0,68%.

No lado externo, as bolsas cederam às especulações de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) poderá adotar medidas para impulsionar a economia, além das renovadas preocupações com as dívidas soberanas de alguns países da zona do euro. A Espanha e a Irlanda são no momento as maiores preocupações dos investidores. O índice Dow Jones recuou 0,21%; o S&P 500 declinou 0,26% e o Nasdaq -0,13%.

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