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AIE prevê reequilíbrio do mercado petroleiro no 2º semestre

Após os mínimos alcançados em janeiro, as cotações do petróleo se revigoraram e o mercado parece otimista

Barris de petróleo: o mercado parece otimista antes da reunião de produtores, que querem estabilizar uma produção atualmente excedentária (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2016 às 17h04.

A Agência Internacional da Energia (AIE) prevê um reequilíbrio do mercado petrolífero no segundo semestre, graças à redução da produção americana de petróleo de xisto, segundo seu relatório mensal publicado nesta quinta-feira.

"Há vários meses, antecipamos neste relatório um aumento sustentado da demanda de petróleo e uma queda da oferta não OPEP. Este cenário está ganhando corpo, e o mercado petrolífero parece estar se aproximando do equilíbrio na segunda metade deste ano", indica a AIE.

Após os mínimos alcançados em janeiro, as cotações do petróleo se revigoraram e o mercado parece otimista antes da reunião de produtores de domingo em Doha, onde querem estabilizar uma produção atualmente excedentária.

A AIE adverte, no entanto, que caso fique decidido um congelamento da produção nesta reunião, "o impacto no fornecimento físico de petróleo seria limitado".

Segundo a agência, o reequilíbrio do mercado será propiciado pela queda da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos, um dos principais países produtores, que estará presente na reunião de Doha.

Este encontro contará com a presença da Rússia, outro grande produtor, e da maioria de membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), começando pela Arábia Saudita, seu maior produtor.

Em março, os países não membros do cartel extraíram 56,8 milhões de barris diários, 180.000 a menos que no mês anterior, e 690.000 bd a menos do que no mesmo mês do ano anterior.

"Há sinais de que se está acelerando a esperada queda da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos", afirmou a AIE, que representa os interesses dos países consumidores e tem sua sede em Paris.

No conjunto do ano, se espera que a oferta dos países no Opep se reduza em 710.000 bd em relação a 2015, para ficar com uma produção de 57 mbd. Com essa queda, espera-se que 480.000 bd correspondam aos Estados Unidos.

No mês passado, os países-membros da Opep produziram 32,47 mbd, com uma recuperação de 90.000 bd. A oferta iraniana, em aumento desde a suspensão, em janeiro, das sanções internacionais, compensou os problemas de fornecimento na Nigéria, no Iraque e nos Emirados Árabes Unidos.

A produção iraniana aumentou em quase 400.000 bd desde a suspensão das sanções, embora "o ritmo de seu regresso ao mercado tenha sido mais comedido do que alguns esperavam", informou a AIE.

A AIE manteve suas previsões de demanda mundial de petróleo negro, que se espera que cresça em 1,2 mbd neste ano, para atingir 95,9 mbd.

Esse aumento se trata de uma desaceleração em relação ao aumento de 1,8 mbd registrado em 2015, por causa de uma demanda menos vigorosa na Europa, na China e nos Estados Unidos.

Segundo a agência energética, a Índia pode tirar da China o papel de principal motor do crescimento do consumo no mundo.

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A Agência Internacional da Energia (AIE) prevê um reequilíbrio do mercado petrolífero no segundo semestre, graças à redução da produção americana de petróleo de xisto, segundo seu relatório mensal publicado nesta quinta-feira.

"Há vários meses, antecipamos neste relatório um aumento sustentado da demanda de petróleo e uma queda da oferta não OPEP. Este cenário está ganhando corpo, e o mercado petrolífero parece estar se aproximando do equilíbrio na segunda metade deste ano", indica a AIE.

Após os mínimos alcançados em janeiro, as cotações do petróleo se revigoraram e o mercado parece otimista antes da reunião de produtores de domingo em Doha, onde querem estabilizar uma produção atualmente excedentária.

A AIE adverte, no entanto, que caso fique decidido um congelamento da produção nesta reunião, "o impacto no fornecimento físico de petróleo seria limitado".

Segundo a agência, o reequilíbrio do mercado será propiciado pela queda da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos, um dos principais países produtores, que estará presente na reunião de Doha.

Este encontro contará com a presença da Rússia, outro grande produtor, e da maioria de membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), começando pela Arábia Saudita, seu maior produtor.

Em março, os países não membros do cartel extraíram 56,8 milhões de barris diários, 180.000 a menos que no mês anterior, e 690.000 bd a menos do que no mesmo mês do ano anterior.

"Há sinais de que se está acelerando a esperada queda da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos", afirmou a AIE, que representa os interesses dos países consumidores e tem sua sede em Paris.

No conjunto do ano, se espera que a oferta dos países no Opep se reduza em 710.000 bd em relação a 2015, para ficar com uma produção de 57 mbd. Com essa queda, espera-se que 480.000 bd correspondam aos Estados Unidos.

No mês passado, os países-membros da Opep produziram 32,47 mbd, com uma recuperação de 90.000 bd. A oferta iraniana, em aumento desde a suspensão, em janeiro, das sanções internacionais, compensou os problemas de fornecimento na Nigéria, no Iraque e nos Emirados Árabes Unidos.

A produção iraniana aumentou em quase 400.000 bd desde a suspensão das sanções, embora "o ritmo de seu regresso ao mercado tenha sido mais comedido do que alguns esperavam", informou a AIE.

A AIE manteve suas previsões de demanda mundial de petróleo negro, que se espera que cresça em 1,2 mbd neste ano, para atingir 95,9 mbd.

Esse aumento se trata de uma desaceleração em relação ao aumento de 1,8 mbd registrado em 2015, por causa de uma demanda menos vigorosa na Europa, na China e nos Estados Unidos.

Segundo a agência energética, a Índia pode tirar da China o papel de principal motor do crescimento do consumo no mundo.

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