Londres - As ações europeias recuaram para mínimas em seis meses nesta sexta-feira e encaminhavam-se para mais perdas, na medida em que dados econômicos fracos dos Estados Unidos e da Europa colocaram dúvidas sobre as perspectivas de recuperação econômica mundial.

O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 encerrou em queda de 1,7 por cento, a 956,29 pontos, segundo dados preliminares. Esse nível de fechamento não era visto desde dezembro.

O índice Euro STOXX 50, que reúne as blue chips da zona do euro, caiu para o menor nível em oito meses, ao perder 2,2 por cento, a 2.071 pontos.

Os mercados aumentaram as perdas durante a manhã, quando dados mostraram que o crescimento da criação de empregos nos Estados Unidos freou bruscamente em maio e a taxa de desemprego subiu pela primeira vez em quase um ano, vindo na sequência de uma série de pesquisas sobre setores industriais nacionais na Europa publicadas mais cedo nesta sexta-feira.

"Os dados de emprego dos Estados Unidos confirmam que a economia norte-americana não está se dirigindo para uma recuperação forte neste ano", disse Michiel Van Cranenburgh, diretor do Neuflize Private Assets em Paris, que administra cerca de 4 bilhões de euros.

"Nós tentamos evitar ações que são dependentes do crescimento nos Estados Unidos ou na Europa porque nós claramente não estamos otimistas em relação aos próximos dois anos", afirmou.

Em LONDRES, o índice Financial Times caiu 1,14 por cento, a 5.260 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX despencou 3,42 por cento, para 6.050 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 2,21 por cento, a 2.950 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib cedeu 1,04 por cento, para 12.739 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 desvalorizou-se 0,41 por cento, a 6.065 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 teve queda de 1,34 por cento, para 4.453 pontos.