Exame Logo

Ações do Carrefour caem por possível retirada de apoio do BNDES

O BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, entraria com 1,7 bilhão de euros na operação orquestrada por Abilio Diniz

Queda dos papéis do Carrefour foi de 3% (Ricardo Benichio/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 08h17.

Londres - As ações do Carrefour recuavam mais de 3 por cento nesta terça-feira, com a possibilidade do governo brasileiro retirar o apoio à união das operações brasileiras do varejista francês às do Grupo Pão de Açúcar.

O plano de fusão, traçado pelo presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar, Abilio Diniz, tem sido vigorosamente contrariado pelo grupo francês Casino, com quem o empresário divide o controle da varejista brasileira.

Pela proposta apresentada em 28 de junho, o BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, entraria com 1,7 bilhão de euros (quase 4 bilhões de reais) na operação, enquanto o BTG Pactual participaria com 800 milhões de euros.

Mas o forte protesto contra a transação vindo do Casino, ferrenho concorrente do Carrefour na França, trouxe cautela ao governo brasileiro sobre o caso. Na segunda-feira, uma fonte do governo afirmou à Reuters que o BNDES irá retirar seu apoio à união entre as empresas.

Analistas afirmaram que a decisão foi um golpe para o Carrefour, que luta para se recuperar dos três alertas de lucro feitos há menos de um ano.

"Os executivos (do Carrefour) certamente esperavam que o negócio fosse adiante e que as sinergias ajudariam a melhorar significativamente sua rentabilidade em hipermercados no Brasil", disse o analista Justin Scarborough, do RBS. "Se o negócio fracassar, será uma decepção." Às 8h05 (horário de Brasília), as ações do Carrefour caíam 3,45 por cento em Paris, enquanto as do Casino cediam 1,47 por cento.

O mercado, entretanto, não acredita que a batalha tenha chegado ao fim.

"Espero que seja uma longa novela com muitas reviravoltas", disse o analista Chris Hogbin, do Bernstein.

Ele acredita que o Wal-Mart possa se interessar pelos ativos brasileiros do Carrefour, caso estejam disponíveis, ou que a proposta de fusão defendida pelo Pão de Açúcar seja revista de forma a beneficiar o Casino em maior medida.

Diniz se reunirá com o conselho de administração do Casino nesta terça-feira, em Paris, para explicar as razões que o levam a defender a proposta de fusão apresentada.

Veja também

Londres - As ações do Carrefour recuavam mais de 3 por cento nesta terça-feira, com a possibilidade do governo brasileiro retirar o apoio à união das operações brasileiras do varejista francês às do Grupo Pão de Açúcar.

O plano de fusão, traçado pelo presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar, Abilio Diniz, tem sido vigorosamente contrariado pelo grupo francês Casino, com quem o empresário divide o controle da varejista brasileira.

Pela proposta apresentada em 28 de junho, o BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, entraria com 1,7 bilhão de euros (quase 4 bilhões de reais) na operação, enquanto o BTG Pactual participaria com 800 milhões de euros.

Mas o forte protesto contra a transação vindo do Casino, ferrenho concorrente do Carrefour na França, trouxe cautela ao governo brasileiro sobre o caso. Na segunda-feira, uma fonte do governo afirmou à Reuters que o BNDES irá retirar seu apoio à união entre as empresas.

Analistas afirmaram que a decisão foi um golpe para o Carrefour, que luta para se recuperar dos três alertas de lucro feitos há menos de um ano.

"Os executivos (do Carrefour) certamente esperavam que o negócio fosse adiante e que as sinergias ajudariam a melhorar significativamente sua rentabilidade em hipermercados no Brasil", disse o analista Justin Scarborough, do RBS. "Se o negócio fracassar, será uma decepção." Às 8h05 (horário de Brasília), as ações do Carrefour caíam 3,45 por cento em Paris, enquanto as do Casino cediam 1,47 por cento.

O mercado, entretanto, não acredita que a batalha tenha chegado ao fim.

"Espero que seja uma longa novela com muitas reviravoltas", disse o analista Chris Hogbin, do Bernstein.

Ele acredita que o Wal-Mart possa se interessar pelos ativos brasileiros do Carrefour, caso estejam disponíveis, ou que a proposta de fusão defendida pelo Pão de Açúcar seja revista de forma a beneficiar o Casino em maior medida.

Diniz se reunirá com o conselho de administração do Casino nesta terça-feira, em Paris, para explicar as razões que o levam a defender a proposta de fusão apresentada.

Acompanhe tudo sobre:AçõesBNDESbolsas-de-valoresCarrefourComércioEmpresasEmpresas francesasFusões e AquisiçõesSupermercadosVarejo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame