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Ações da Vale desabam 11,35% e têm a maior queda do Ibovespa

Brasileira negocia compra da sexta maior mineradora do mundo - e endividamento preocupa investidores

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 11h02.

 Em um dia marcado por queda generalizada na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações preferenciais da Vale do Rio Doce lideraram o ranking das maiores baixas, fechando o pregão de hoje cotadas a 41,55 reais, com desvalorização de 11,35%. Os papéis ordinários ficaram com a terceira colocação na lista dos piores desempenhos, cotados a 46,22%, baixa de 10,40%.</p> 

Parte da queda pode ser justificada pela notícia de que a mineradora brasileira negocia a compra da Xstrata, a sexta maior mineradora do mundo - informação dada com exclusividade pelo Portal EXAME na última sexta-feira (18/1). A companhia estaria disposta a pagar 90 bilhões de dólares pela concorrente anglo-suíça, cinco vezes mais que o valor despendido em sua maior aquisição - a mineradora canadense Inco, comprada em 2006 por 17 bilhões de dólares.

Na avaliação dos analistas, a operação pode ser positiva para a Vale, mas é preciso avaliar como ficará seu nível de endividamento. "A companhia ganharia exposição em minerais em que sua participação não é tão relevante quanto em minério de ferro e níquel", aponta relatório da corretora SLW. "Contudo, o mais importante será avaliar a estrutura de pagamento utilizada para a conclusão do negócio, pois a companhia não pode perder o grau de investimento", complementa.

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Pensando nisso, os executivos da Vale trabalham para resolver uma complexa equação: oferecer o máximo possível em ações da Vale, e menos em dinheiro, diz um executivo próximo à mineradora. "Assim, reduziriam o tamanho da dívida necessária para fazer a aquisição e, com isso, manteriam o grau de investimento". Somente com o grau de investimento garantido os bancos teriam disposição de emprestar o montante que a Vale precisa para fazer a oferta.  Até o momento, oito bancos estrangeiros, entre eles HSBC, Credit Suisse, Citigroup, Santander, BNP Paribas, Barclays e RBS, aderiram a um consórcio para financiar a operação.

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