Ações da Brasil Foods estão “muito atrativas”, avalia HSBC
Para analistas, a queda de 7% dos papéis em 2012 foi exagerada
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2012 às 12h03.
São Paulo – As ações da Brasil Foods ( BRFS3 ) podem voltar a subir em breve após os resultados do primeiro trimestre do ano terem sido vistos como o ponto mais baixo antes de uma virada nas operações, avalia o HSBC em um relatório. Os papéis acumulam uma queda de 7% no ano, enquanto o Ibovespa apresenta uma valorização de aproximadamente 9%.
Os analistas Pedro Herrera, Diego Maia e Ravi Jain calculam que os ativos são negociados a 8,1 vezes o valor da firma (soma do valor de mercado com a dívida líquida) sobre o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Para eles, o múltiplo é “muito atrativo em comparação às empresas globais de alimentos processados”.
A recomendação é de alocação acima da média das ações (overweight), com um preço-alvo de 42 reais, o que sugere um potencial de valorização de 23%.
Resultados
A empresa alcançou um lucro líquido de 153 milhões de reais no início do ano, uma queda de 60% na comparação com o mesmo período de 2011. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 532 milhões de reais, com margem de 8,4%, comparado com 816 milhões do ano anterior e margem de 13,6%.
“Consideramos os resultados do primeiro trimestre de 2012 como o ponto mais baixo e, a nosso ver, o potencial de baixa é limitado em relação aos níveis atuais”, explicam os analistas. O otimismo está baseado na crença em uma recuperação mais rápida nos mercados de exportação no segundo trimestre e adiante.
O banco espera que os níveis dos estoques e os preços nas principais regiões retornem aos níveis normalizados. Além disso, os produtores americanos estão focando novamente nos mercados domésticos. Por fim, a desvalorização do real deve aumentar a competitividade das exportações da empresa.