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Ação do BC suíço provoca alta do dólar ante iene

Londres - O mercado de câmbio foi tumultuado na manhã de hoje pela drástica atitude do Banco Nacional da Suíça de estabelecer um piso para a cotação do euro em relação ao franco suíço, a fim de evitar que a moeda suíça se aprecie mais. O franco caiu forte em reação ao anúncio e projetou […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2011 às 09h04.

Londres - O mercado de câmbio foi tumultuado na manhã de hoje pela drástica atitude do Banco Nacional da Suíça de estabelecer um piso para a cotação do euro em relação ao franco suíço, a fim de evitar que a moeda suíça se aprecie mais. O franco caiu forte em reação ao anúncio e projetou o euro em alta que chegou a 10% diante do franco, a 1,22 franco por euro, a cotação mais elevada desde 5 de julho. Na esteira, o euro ganhou também ante o dólar.

Às 8h26 (de Brasília), o euro era negociado a 1,2045 franco, bem acima da mínima de 1,1019 franco e abaixo da máxima de 1,2194 franco. O euro seguia a US$ 1,4153, de US$ 1,4070 no fim da segunda-feira em Londres; o dólar sobe a 77,24 ienes, de 76,94 ienes em Londres ontem.

Embora o BC suíço tenha se comprometido a defender o piso de 1,20 franco por euro com compras ilimitadas da moeda estrangeira, e já esteja atuando a qualquer queda do euro para próximo do piso, estrategistas de moedas estavam céticos quando a capacidade da instituição de sustentar tal política, especialmente diante das preocupações em relação à economia global.

"Nossa impressão é de que será difícil sustentar algo como isso. Há muito risco no ambiente, em ambos lados do Atlântico. O mercado certamente testará o BC suíço", disse o estrategista de moeda do BNP Paribas em Londres, Steven Saywell.

Esta visão é partilhada pelo estrategista de moeda do HSBC, Paul Mackel. "Colocar o piso de 1,20 franco para o euro é a parte mais fácil. Manter este piso ou (o euro) significativamente acima dele será difícil quando o mundo parece um lugar obscuro", observou Mackel.

O estabelecimento de um piso ao euro, ou teto ao franco, ocorre após uma série de medidas tomadas nas semanas recentes pelo BC suíço para conter o fortalecimento do franco por meio da injeção de liquidez nos mercados.

O impacto da medida desta terça-feira não se limitou ao franco, provocando vendas de ienes contra o dólar por investidores que temiam que também o banco central do Japão entrasse no mercado para controlar o iene.

"A ação do BC suíço pode facilitar, relativamente, uma nova ação do Ministério das Finanças e do Banco do Japão", disse o diretor de renda fixa e câmbio do Credit Suisse, Koji Fukaya.

Houve reflexos também nas moedas da Hungria e da Polônia. A Hungria é particularmente sensível aos movimentos do franco suíço, em consequência da elevada porção de dívida externa e pública denominadas em francos suíços. O Forint da Hungria saltou para sua maior cotação contra o franco desde meados de julho, para 225,23 franco por forint. As informações são da Dow Jones.

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Londres - O mercado de câmbio foi tumultuado na manhã de hoje pela drástica atitude do Banco Nacional da Suíça de estabelecer um piso para a cotação do euro em relação ao franco suíço, a fim de evitar que a moeda suíça se aprecie mais. O franco caiu forte em reação ao anúncio e projetou o euro em alta que chegou a 10% diante do franco, a 1,22 franco por euro, a cotação mais elevada desde 5 de julho. Na esteira, o euro ganhou também ante o dólar.

Às 8h26 (de Brasília), o euro era negociado a 1,2045 franco, bem acima da mínima de 1,1019 franco e abaixo da máxima de 1,2194 franco. O euro seguia a US$ 1,4153, de US$ 1,4070 no fim da segunda-feira em Londres; o dólar sobe a 77,24 ienes, de 76,94 ienes em Londres ontem.

Embora o BC suíço tenha se comprometido a defender o piso de 1,20 franco por euro com compras ilimitadas da moeda estrangeira, e já esteja atuando a qualquer queda do euro para próximo do piso, estrategistas de moedas estavam céticos quando a capacidade da instituição de sustentar tal política, especialmente diante das preocupações em relação à economia global.

"Nossa impressão é de que será difícil sustentar algo como isso. Há muito risco no ambiente, em ambos lados do Atlântico. O mercado certamente testará o BC suíço", disse o estrategista de moeda do BNP Paribas em Londres, Steven Saywell.

Esta visão é partilhada pelo estrategista de moeda do HSBC, Paul Mackel. "Colocar o piso de 1,20 franco para o euro é a parte mais fácil. Manter este piso ou (o euro) significativamente acima dele será difícil quando o mundo parece um lugar obscuro", observou Mackel.

O estabelecimento de um piso ao euro, ou teto ao franco, ocorre após uma série de medidas tomadas nas semanas recentes pelo BC suíço para conter o fortalecimento do franco por meio da injeção de liquidez nos mercados.

O impacto da medida desta terça-feira não se limitou ao franco, provocando vendas de ienes contra o dólar por investidores que temiam que também o banco central do Japão entrasse no mercado para controlar o iene.

"A ação do BC suíço pode facilitar, relativamente, uma nova ação do Ministério das Finanças e do Banco do Japão", disse o diretor de renda fixa e câmbio do Credit Suisse, Koji Fukaya.

Houve reflexos também nas moedas da Hungria e da Polônia. A Hungria é particularmente sensível aos movimentos do franco suíço, em consequência da elevada porção de dívida externa e pública denominadas em francos suíços. O Forint da Hungria saltou para sua maior cotação contra o franco desde meados de julho, para 225,23 franco por forint. As informações são da Dow Jones.

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