Ação da Gafisa continua a apanhar na bolsa

São Paulo – As ações da Gafisa ( GFSA3 ) continuam a apanhar feio na bolsa nesta terça-feira. No pior momento do dia, os papéis caíam 7,4%. E isso após já terem recuado 13% na véspera. Em 2011, a construtora acumula uma desvalorização de 64,4%, enquanto o Ibovespa cai 20%.

O presidente da companhia, Alceu Duilio Calciolari, disse hoje em uma entrevista à Bloomberg que os investidores podem estar receosos em relação aos custos de financiamentos maiores que o esperado em uma venda de notas promissórias.

O conselho de administração da emresa aprovou no começo do mês uma emissão de notas promissórias comerciais no valor de 230 milhões de reais. Os recursos devem ser utilizados como um empréstimo-ponte de um plano “estratégico”. A taxa teria ficado em 125% do CDI (Certificados de Depósitos Interbancários), considerada alta pelo mercado.

Ele admitiu ainda que o mercado teme a capacidade da Gafisa de conduzir um plano para reduzir a influência da Tenda – com margens menores – dentro do resultado. Acompanhe as cotações da Gafisa nesta terça-feira:

“Em nossa opinião, o ano de 2012 será mais um de desafios para o setor, principalmente no que se refere à geração de caixa, pois grande parte das incorporadoras ainda não conseguiu reverter o processo de queima de caixa. Vemos a Gafisa bastante exposta neste momento e com maiores desafios pela frente”, explica o analista da Planner Corretora, Ricardo Tadeu Martins, em um relatório.

Resultados

A incorporadora registrou uma queda superior a 50% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado, para 46,2 milhões de reais.O valor ficou abaixo dos 101,2 milhões de reais esperados pelo mercado, segundo uma pesquisa da agência Reuters. A receita líquida subiu 5%, para 1 bilhão de reais. A queima de caixa reduziu para 56 milhões de reais, contra 148 milhões de reais no segundo trimestre.

Apesar dos números abaixo do esperado, o resultado reafirmou a nova estratégia da empresa. Um dos principais reflexos da recente postura foi o grande crescimento da margem bruta (Lucro Bruto sobre a Receita Operacional Líquida). O indicador saltou 850 pontos-base, para 29,5%. Segundo a empresa, o avanço é reflexo de uma maior concentração de projetos da AlphaVille, segmento que deverá seguir tendência de aumento de contribuição dos lançamentos futuros, em detrimento da Tenda.

A Gafisa também revisou para baixo a estimativa de lançamentos para 2011 de uma faixa entre 5 a 5,6 bilhões de reais para 3,5 a 4 bilhões de reais. A expectativa é de um fluxo de caixa positivo durante os próximos trimestres e uma dívida líquida sobre patrimônio líquido abaixo de 60%.

São Paulo – As ações da Gafisa ( GFSA3 ) continuam a apanhar feio na bolsa nesta terça-feira. No pior momento do dia, os papéis caíam 7,4%. E isso após já terem recuado 13% na véspera. Em 2011, a construtora acumula uma desvalorização de 64,4%, enquanto o Ibovespa cai 20%.

O presidente da companhia, Alceu Duilio Calciolari, disse hoje em uma entrevista à Bloomberg que os investidores podem estar receosos em relação aos custos de financiamentos maiores que o esperado em uma venda de notas promissórias.

O conselho de administração da emresa aprovou no começo do mês uma emissão de notas promissórias comerciais no valor de 230 milhões de reais. Os recursos devem ser utilizados como um empréstimo-ponte de um plano “estratégico”. A taxa teria ficado em 125% do CDI (Certificados de Depósitos Interbancários), considerada alta pelo mercado.

Ele admitiu ainda que o mercado teme a capacidade da Gafisa de conduzir um plano para reduzir a influência da Tenda – com margens menores – dentro do resultado. Acompanhe as cotações da Gafisa nesta terça-feira:

“Em nossa opinião, o ano de 2012 será mais um de desafios para o setor, principalmente no que se refere à geração de caixa, pois grande parte das incorporadoras ainda não conseguiu reverter o processo de queima de caixa. Vemos a Gafisa bastante exposta neste momento e com maiores desafios pela frente”, explica o analista da Planner Corretora, Ricardo Tadeu Martins, em um relatório.

Resultados

A incorporadora registrou uma queda superior a 50% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado, para 46,2 milhões de reais.O valor ficou abaixo dos 101,2 milhões de reais esperados pelo mercado, segundo uma pesquisa da agência Reuters. A receita líquida subiu 5%, para 1 bilhão de reais. A queima de caixa reduziu para 56 milhões de reais, contra 148 milhões de reais no segundo trimestre.

Apesar dos números abaixo do esperado, o resultado reafirmou a nova estratégia da empresa. Um dos principais reflexos da recente postura foi o grande crescimento da margem bruta (Lucro Bruto sobre a Receita Operacional Líquida). O indicador saltou 850 pontos-base, para 29,5%. Segundo a empresa, o avanço é reflexo de uma maior concentração de projetos da AlphaVille, segmento que deverá seguir tendência de aumento de contribuição dos lançamentos futuros, em detrimento da Tenda.

A Gafisa também revisou para baixo a estimativa de lançamentos para 2011 de uma faixa entre 5 a 5,6 bilhões de reais para 3,5 a 4 bilhões de reais. A expectativa é de um fluxo de caixa positivo durante os próximos trimestres e uma dívida líquida sobre patrimônio líquido abaixo de 60%.