São Paulo - Aqui está o que você precisa saber:

1-  Atividade manufatureira na zona do euro se contrai pela primeira vez em dois anos. O indicador PMI caiu para 48,4 pontos em setembro ante os 49 pontos de agosto. O PMI do setor de serviços recuou de 51,5 pontos para 49,1 pontos.

2 - El-Erian alerta para um estouro de uma crise bancária na Europa. Para o CEO da PIMCO, caso os problemas com os bancos franceses continuem isso pode levar para uma corrida “institucional” das instituições do país. Ou seja, grandes clientes institucionais poderiam ficar desconfortáveis e deixar os bancos, disse ele em artigo para o Financial Times.

3 - “Twist” de Bernanke não anima os mercados financeiros. O Banco Central americano trouxe ontem novas medidas para estimular a economia americana, porém elas não foram bem recebidas pelo mercado financeiro. Os investidores ficaram céticos e não dançaram o “Twist” proposto por Ben Bernanke, presidente do Fed. Esse é o nome dado à operação anunciada hoje e que é uma nova versão da utilizada nos anos 1960, quando o Twist animava os bailes da época.

No Brasil, o Ibovespa – que operou o dia inteiro no azul – terminou o dia com uma desvalorização de 0,7%, aos 55.981 pontos. Em Wall Street, o anúncio azedou os negócios. O índice Dow Jones recuou 2,5%, o S&P 500 caiu 2,94% e o Nasdaq 100 se desvalorizou em 2,01%. O dólar comercial disparou ante o real e encerrou o dia cotado a quase 1,86 real.

4 - Bolsas europeias abrem em forte queda no pregão desta quinta-feira. O principal índice da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, abriu a sessão desta quinta-feira com tombo de 2,90%, aos 13.709,98 pontos. O CAC 40 de Paris desceu 3,12%. Em Madri, o Ibex-35 recuou 2,38% e, em Frankfurt, o DAX-30 perdeu 3,25%. Em Londres, o FTSE 100 iniciou o dia com uma perda de 2,69%.

5 - Fed 'sombrio' derruba bolsas asiáticas; Hong Kong caiu 4,85%. As Bolsas da Ásia recuaram forte, com baixas superiores a 2%. As incertezas e o pessimismo sobre a economia global foram amplificados pela queda em Wall Street e pelas previsões sombrias do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sobre os riscos e perspectivas da economia norte-americana. Em Tóquio, o Nikkei recuou 2,1%.

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6 - Alta do dólar faz dívida externa saltar R$ 91,8 bi. Oscilação da cotação moeda americana provoca aumento bilionário da dívida brasileira. Segundo dados do Banco Central referentes ao setor externo no mês de julho, a dívida externa brasileira total era de US$ 297,092 bilhões, o que correspondia, ontem, a R$ 548,135 bilhões. No dia 26 de julho, a dívida equivalia a R$ 456,334 bilhões.

7 - Mantega descarta risco de mais inflação. Segundo o ministro, possíveis aumentos nos indicadores de preços seriam anulados pela queda na cotação internacional das commodities. "Não haverá escalada da inflação", afirmou. "É preciso que o patamar da taxa de câmbio permaneça (sem mudança) por algum tempo para ter efeito no mercado. Caso contrário, as flutuações, as oscilações se anulam", completou.

8 - Greve contra medidas do governo paralisa transporte público em Atenas. Além da paralisação do transporte, todos os taxistas do país participam da greve, por serem contrários à liberalização da profissão.

9 - BRICs considerarão comprar bônus europeus. Segundo o ministro de Finanças sul-africano, Pravin Gordhan, a falta de respostas decisivas para a crise está prolongando a percepção de um risco crescente.

10 - Fitch eleva rating da Eletropaulo. A Agência de classificação de risco elevou a nota de crédito em moeda estrangeira e local de BB+ para BBB-. “A elevação do rating, segundo a Fitch, reflete a visão que a Companhia será capaz de manter um perfil financeiro saudável, mesmo com um possível impacto referente ao processo de revisão tarifária que ainda está em curso”, disse a empresa em uma nota.

Bônus: Disparada do dólar pode levar a reversão em intervenções do BC. A alta pode elevar os preços de importados e pressionar a inflação, que já está no maior nível em seis anos, caso o BC não venda a moeda americana para sustentar o real.

Bônus 2: Brasil Ecodiesel tem novo presidente. A empresa comunicou hoje que José Carlos Aguilera Fernandes renunciou ao cargo, que agora será ocupado por Bento do Amaral Peixoto Moreira Franco. Segundo o comunicado, "Franco possui mais de 13 anos de experiência em Corporate Finance e, como sócio da Arion Capital, participou de diversos processos de incorporações, tendo atuado como Diretor Presidente da Maeda e da Vanguarda antes da incorporação de ações das referidas Companhias pela Brasil Ecodiesel".