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Nuvem e colaboração multiplicam produtividade

São Paulo – Novas ondas de serviços totalmente online e acessíveis por qualquer dispositivo com um browser web, como a suíte de produtividade Google Plus, o serviço de streaming de voz Live Meeting e a ferramenta de conferências Webex estão permitindo que equipes espalhadas por diferentes cidades e até continentes no mundo possam trabalhar de modo integrado e produtivo

Novos serviços permitem integrar equipes em qualquer parte do mundo (Reprodução)

Novos serviços permitem integrar equipes em qualquer parte do mundo (Reprodução)

São Paulo – Novas ondas de serviços totalmente online e acessíveis por qualquer dispositivo com um browser web, como a suíte de produtividade Google Plus, o serviço de streaming de voz Live Meeting e a ferramenta de conferências Webex estão permitindo que equipes espalhadas por diferentes cidades e até continentes no mundo possam trabalhar de modo integrado e produtivo.

Um exemplo desse tipo de solução é a plataforma Runrun.it, um software de gerenciamento de equipes na nuvem, utilizado por mais de 10 000 companhias. De acordo com o criador do serviço, o brasileiro Antônio Carlos Soares, a solução é um produto que explora o avanço da nuvem e da conectividade móvel para integrar equipes, permitindo que todos os membros de um time atualizem o status de suas tarefas num único endereço online. “O Runrun.it é bastante adequado para quem precisa trabalhar remotamente, pois diminui a necessidade de reuniões de acompanhamento e alinhamento de projetos e deixa claro quais são as prioridades de cada colaborador”, diz Soares.

No Runrun.it, os usuários acessam um organizador de tarefas que permite alocar as mais urgentes no topo da lista, bem como formar as equipes responsáveis por cada tarefa. O sistema calcula os prazos de entrega de cada trabalho com base nas estimativas de horas necessárias feitas pelos colaboradores e também mostra ao líder do projeto quem foi o mais pontual nas entregas, os mais assertivos e aqueles que tiveram que refazer tarefas.

Assim como os e-mails fizeram no passado, as ferramentas colaborativas serão responsáveis por um novo salto de produtividade. “Elas mantêm o fluxo de comunicação ativo e permitem enxergar o trabalho de forma mais estruturada”, comenta o empreendedor.

Trabalho remoto – Se por um lado as ferramentas colaborativas ligaram as equipes aos seus pares ao redor do mundo, foi a popularização dos smartphones e tablets que permitiu às pessoas acessarem esses dados e participarem de reuniões em qualquer lugar, a qualquer momento como, por exemplo, enquanto esperam um voo ou negociam com clientes dentro um táxi no meio do trânsito.

“Essas novas tecnologias ajudaram a aperfeiçoar o tempo dos usuários e permitem às pessoas fazerem tudo de forma mais rápida”, afirma Claudio Soutto, diretor de consultoria e especialista em tecnologia da informação (TI) da Deloitte. “Para quem mora e trabalha em uma cidade com trânsito caótico como São Paulo, essa vantagem não é nada desprezível”, afirma Soutto.

“A tecnologia colaborativa é a grande responsável pela expansão, por exemplo, do trabalho remoto no Brasil, pois amplia as possibilidades de atuação profissional”, diz Álvaro Mello, presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt). Segundo Mello, profissionais liberais como arquitetos, advogados e engenheiros tendem a ganhar mais liberdade com a disseminação dessas ferramentas.

“A tecnologia evoluiu muito rápido, agora é necessário que as empresas e os governos criem políticas formais para regular a atividade do profissional que atua remotamente”, diz Mello. Além dos aspectos culturais e legais, a disseminação da colaboração e do trabalho remoto depende da criação de boas soluções de segurança, que assegurem a confidencialidade de dados trocados online por colaboradores espalhados pelo mundo.

Segundo os especialistas, os fortes ganhos de produtividade oferecidos pela mobilidade e pelas ferramentas de nuvem não significam o fim do trabalho nos escritórios. “Espírito de equipe é fundamental e as novas ferramentas potencializam o trabalho integrado, mas não dispensam reuniões físicas pontuais”, afirma Mello.

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