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Inovação é prioridade para 95 dos executivos brasileiros

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, deu o tom, na última quinta-feira (1º de agosto), sobre a necessidade de inovação nas empresas do Brasil

Inova+: no Rio de Janeiro, representantes do governo, organizações civis e empresários discutiram os resultados do Barômetro Global da Inovação 2013 (Antonio Batalha)

Inova+: no Rio de Janeiro, representantes do governo, organizações civis e empresários discutiram os resultados do Barômetro Global da Inovação 2013 (Antonio Batalha)

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, deu o tom, na última quinta-feira (1º de agosto), sobre a necessidade de inovação nas empresas do Brasil. "Nesse período de crise internacional, há, atrás da cena, um processo de transformação que está em curso e vai diferenciar um conjunto de países. Os que estiverem à margem do processo de inovação ficarão na franja do desenvolvimento."

A declaração foi feita no Inova+, evento que reuniu 200 empresários locais, membros do governo e organizações civis na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O evento serviu para apresentar o Barômetro Global da Inovação 2013, pesquisa da GE que traz a percepção de executivos de todo o mundo sobre o tema. O dado mais destacado mostra que os executivos brasileiros estão de acordo com o presidente do BNDES: 95% dos entrevistados acreditam que inovar é uma prioridade em suas empresas.

Os executivos ouvidos pela pesquisa cobram um envolvimento maior do governo. Coutinho admitiu que, sem dúvida, é necessário, por parte do Estado, acelerar processos, como licenciamentos e patentes, e desburocratizar. Mas completou que, em última instância, o empresariado precisaria fazer a sua parte: “O que precisamos é dobrar o esforço do setor privado em inovação. O setor privado tem de dois terços a 80% do gasto em P&D (pesquisa e desenvolvimento) nos países que estão na fronteira da inovação (no Brasil, este número chega perto de 1%)”. Coutinho destacou como exceção salutar a GE, que está investindo 500 milhões de reais apenas no Centro de Pesquisas Global, que está sendo construído na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. Outras grandes empresas estrangeiras estão seguindo o mesmo caminho.

Ann Klee, vice-presidente global de meio ambiente, saúde e segurança da GE, disse que a inovação vem da iniciativa privada, com o governo apontando apenas as áreas estratégicas para investimento. “Se não houvesse parceria com governos, algumas coisas nunca sairiam do laboratório. Os primeiros programas de energia eólica nos Estados Unidos davam incentivo para quem instalasse turbinas. Depois houve crédito para a eficiência. Essa regulação acelerou as pesquisas. Agora, o negócio de energia eólica gera 30 bilhões de dólares em faturamento. Os incentivos do governo precisam encorajar a inovação e depois serem reduzidos gradativamente”, explicou Klee.

Outro dado interessante que o Barômetro aponta é o quanto os executivos brasileiros consideram urgente um investimento maior na preparação de mão de obra qualificada. Mais de dois terços dos entrevistados afirmaram que é preciso haver um melhor alinhamento entre o currículo dos estudantes e as necessidades da empresa, 27% a mais do que a média mundial. E apenas 41% dos executivos brasileiros acreditam que as universidades locais preparam líderes inovadores.

Adriana Machado, presidente e CEO da GE do Brasil, destacou que “a percepção das empresas ajuda a nortear as políticas públicas. Alguns fatores, como educação, não acontecem da noite para o dia. Afinal de contas, nossas empresas são formadas por pessoas. Ou It's all about people, como dizem nos Estados Unidos. Temos que focar nas pessoas”.

Voltaremos a falar sobre o tema. Enquanto isso, você pode ler toda a pesquisaaqui.

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