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Petroleira Repsol investe mais em renovável do que em projetos de petróleo

A empresa espanhola gastou 199 milhões de euros neste ano na exploração de petróleo em comparação com cerca de 300 milhões de euros em energia limpa

Cerca de 30% dos investimentos da Repsol terão sido alocados em projetos de baixas emissões em 2020, e cerca de 25% nos próximos anos (Cristina Arias/Getty Images)
LB

Leo Branco

Publicado em 30 de outubro de 2020 às 16h34.

Nos últimos meses, a Repsol tem investido mais no desenvolvimento de projetos de energia renovável do que na exploração de petróleo e gás , no mais novo exemplo de como gigantes da energia da Europa aceleram seu distanciamento dos combustíveis fósseis .

A empresa espanhola gastou 199 milhões de euros (US$ 232 milhões) neste ano na exploração de petróleo em países como Estados Unidos, Rússia e Indonésia, em comparação com cerca de 300 milhões de euros no desenvolvimento de novos projetos de energia limpa.

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O crescimento da divisão de renováveis também pode viabilizar trazer um parceiro externo ou a realização de uma oferta pública inicial da unidade no futuro, disse o diretor-presidente da petroleira, Josu Jon Imaz, a analistas na quinta-feira.

A Repsol surpreendeu o setor em dezembro, quando reduziu o valor de seus ativos em 4,8 bilhões de euros para se ajustar aos preços mais baixos do petróleo no futuro e disse que teria como meta zerar emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050, a primeira grande petroleira a adotar a medida. Desde então, rivais de maior porte, como Total, Royal Dutch Shell e BP, anunciaram seus próprios planos com foco em energia limpa.

Cerca de 30% dos investimentos da Repsol terão sido alocados em projetos de baixas emissões em 2020 , e cerca de 25% nos próximos anos, disse Imaz ao parlamento espanhol em setembro. A empresa deve apresentar um novo plano estratégico no final de novembro.

Esta é a segunda transformação corporativa da Repsol em pouco mais de 20 anos. A refinaria espanhola e operadora de postos de gasolina só se tornou produtora de petróleo após adquirir a YPF em 1998.

Durante anos, a divisão de produção e exploração foi ocupada por executivos argentinos que haviam trabalhado para a YPF. Até mesmo a divisão de energia é comandada por uma ex-funcionária da YPF.

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