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Pacto Global da ONU no Brasil e Petrobras atualizam ferramenta que mede direitos humanos em empresas

Ferramenta permitirá autodiagnóstico de empresas sobre governança e temas como trabalho decente, igualdade, inclusão, saúde e segurança ocupacional, incluindo saúde mental, impactos na comunidade, meio ambiente e clima, além de capacitação técnica

O Pacto Global da ONU no Brasil anuncia parceria com a Petrobras para a edição de 2023 da Trilha de Direitos Humanos (monkeybusinessimages/Getty Images)

Marina Filippe

Publicado em 2 de dezembro de 2022 às 07h01.

O Pacto Global da ONU no Brasil anuncia parceria com a Petrobras para a edição de 2023 da Trilha de Direitos Humanos, que permitirá às empresas obterem um autodiagnóstico sobre governança e temas como trabalho decente, igualdade, inclusão, saúde e segurança ocupacional, incluindo saúde mental, impactos na comunidade, meio ambiente e clima, além de capacitação técnica. O anúncio da iniciativa foi feito em Genebra, durante o 11º Fórum de Empresas e Direitos Humanos da ONU, na Suíça.

Com a parceria, a Petrobras irá oferecer, junto ao Pacto Global e com o apoio técnico da Proactiva, a ferramenta a um grupo de fornecedores selecionados, além de manter a ferramenta aberta para outras companhias. Essa amostra resultará na realização de um diagnóstico, incluindo a produção de um relatório específico sobre esse grupo, além de sensibilizações, workshops e capacitação aos fornecedores participantes, de modo a permitir a mobilização em escala, com impacto potencial transformador e inovador na cadeia da maior empresa brasileira dentro da agenda de Direitos Humanos, o “S” do ESG.

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A Agenda Empresas e Direitos Humanos tem por objetivo embarcar os membros do Pacto Global da ONU, que no Brasil já conta com mais de 1.800 participantes, em um processo de desenvolvimento de sua atuação em Direitos Humanos, a partir de uma compreensão da situação de cada empresa.

A intenção é que as empresas avaliem sua aderência aos principais parâmetros internacionais de Direitos Humanos, incluindo os Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos da ONU (POs), que recentemente completou 10 anos.

"Temos falado muito em sustentabilidade no setor privado, mas para que consigamos atingir essa agenda, precisamos atuar fortemente no S, do ESG, internalizar de fato os POs, bem como iniciativas voluntárias empresariais, setoriais e de organizações intergovernamentais como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Pacto Global tem algumas iniciativas nesse sentido, mas o diagnóstico é muito importante para que avancemos e, por isso, a Trilha de Direitos Humanos é algo decisivo”, diz Camila Valverde, diretora de impacto e COO do Pacto Global da ONU no Brasil.

A Petrobras quer assumir protagonismo nessa agenda. "Por meio dessa parceria com o Pacto Global, reforçamos nosso compromisso com uma atuação socialmente responsável. Temos um trabalho envolvendo nossos colaboradores, cadeia de fornecedores, parceiros e comunidades onde atuamos, visando promover as boas práticas de Direitos Humanos, conduta ética, respeito à diversidade, a inclusão e prevenção a violações de direitos", diz Rafaela Guedes, responsável pela área de responsabilidade social da empresa.

O resultado e a mensuração do nível de compromisso com os Direitos Humanos são apresentados ao fim do preenchimento da ferramenta de Direitos Humanos, como um retrato de maturidade naquele momento por meio de gráficos, porcentagem de aderência e textos explicativos, aos quais apenas a empresa terá acesso.

O Pacto Global da ONU terá acesso à média dos resultados consolidados de todas as organizações participantes, o que contribuirá para o desenvolvimento de um relatório de tendências e a criação de um projeto composto por uma trilha de avanços e medidas de boas práticas e princípios orientadores sobre o tema.

A edição de 2022, realizada em parceria com a Proactiva, que seguirá dando apoio técnico ao projeto em 2023, contou com a presença de 107 empresas, incluindo a Petrobras. Os resultados serão divulgados no 11º Fórum de Empresas e Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

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