ESG

Movimento Elas Lideram engaja empresas por equidade de gênero na liderança

A Rede Brasil do Pacto Global, braço da Onu que reúne empresas, lança o Movimento Elas Lideram que objetiva ajudar as empresas a assumirem e atingirem metas pelo equlíbrio entre homens e mulheres na liderança

Movimento Elas Lideram engaja empresas por equidade de gênero na liderança (Compassionate Eye Foundation/Getty Images)

Movimento Elas Lideram engaja empresas por equidade de gênero na liderança (Compassionate Eye Foundation/Getty Images)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 4 de maio de 2022 às 09h50.

Última atualização em 4 de maio de 2022 às 10h39.

As mulheres estão no mercado de trabalho global quase tanto quantos os homens, mas a disparidade é enorme quando se olha para as posições de liderança. De acordo com a consultoria Mckinsey, 48% dos cargos de entrada nas empresas são ocupados por mulheres, enquanto nos cargos de gerência e diretoria elas são 35%. Para cargos C-Suíte, o índice é ainda menor: 24%.

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Para mudar este cenário, a Rede Brasil do Pacto Global, braço da Onu que reúne empresas, lança o Movimento Elas Lideram que objetiva ajudar as empresas a assumirem e atingirem metas concretas pela equidade de gênero ao ter mais de 1.500 companhias comprometidas e promover 11.000 mulheres para cargos de alta liderança até 2030. Para isto, pelo menos 150 lideranças de alto nível devem estar engajadas com esta ambição.

"Ainda que existam muitos movimentos em prol da equidade de gênero, o Elas Lideram 2030 se propõe a ser um acelerador também para estes movimentos individuais ou mais pontuais. Trazendo a força e a credibilidade do Pacto Global e de ONU Mulheres, queremos aglutinar outras iniciativas, para que as empresas, não apenas assumam um compromisso público, com metas concretas e indicadores específicos, mas também encontrem as ferramentas e capacidades necessárias para desenvolverem essas metas e irem além", diz Camila Valverde, diretora de impacto da Rede Brasil do Pacto Global.

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Inicialmente serão 12 encontros (entre lives e workshops), além de plantões mensais de dúvidas e mentorias em grupo. As empresas terão, ainda, a possibilidade de adquirir produtos para fortalecer as estratégias, incluindo o desenvolvimento e participação em um comitê.

Além da construção de capacidades e acompanhamento de metas, o Elas Lideram tem um engajamento da alta liderança em eventos de alto nível, produção de pesquisas e materiais de apoio para o setor privado, culminando com o Prêmio WEPs. Todos os movimentos terão também um Comitê Consultivo próprio, para acompanhamento das metas e ações, formado por especialistas, sociedade civil e empresas embaixadoras.

Entre os parceiros está, por exemplo, Ana Bavon, fundadora da consultoria B4People, que atua como conselheira consultiva. "O papel como conselheira Consultiva no comitê é debater os desafios, propor ações e reflexões que apoiem a aceleração contínua das metas do Movimento". Segundo ela, o desafio é traduzir os direitos humanos para o ambiente de negócios.

"Além do Movimento ajudar as empresas a guiar as ações, elas podem analisar o grau de maturidade entre elas, em uma atuação em rede que acelera o processo de justiça social. É impossível atingirmos um planeta mais sustentável sem atuação integrada", afirma.

O Movimento Mulher 360, com 100 empresas parceiras, também é embaixadora da ação. "Unimos esforços na mobilização e apoio técnico para apontar uma meta comum das empresas, buscando um avanço de 50% de mulheres em posições de liderança até 2030. É um avanço da pauta, assim como a racial, nas organizações", afirma Margareth Goldenberg, gestora executiva do Movimento Mulher 360 e conselheira consultiva do Elas Lideram.

O Movimento Elas Lideram compõe a Ambição 2030, lançada pela Rede Brasil do Pacto Global no último dia 25.

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