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Zona do euro cresce 0,1% e põe em xeque recuperação

PIB dos países reduziu o ritmo se comparado ao segundo trimestre do ano, quando o crescimento foi de 0,3%

Europa registrou um novo trimestre de virtual estagnação econômica (Philippe Huguen/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2013 às 08h23.

Paris - A Europa registrou um novo trimestre de virtual estagnação econômica, indicando que a expectativa de recuperação ainda não se confirma. Dados do Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) dos países que adotam a moeda única cresceu 0,1% no terceiro trimestre, reduzindo o ritmo se comparado ao segundo, quando o crescimento foi de 0,3%. No conjunto dos 28 países da União Europeia, o resultado foi de 0,2%.

O desempenho decepcionante tem relação direta com as duas maiores potências do bloco, Alemanha e França, que ilustram a queda da performance. A economia alemã cresceu 0,3%, depois de ter alcançado animadores 0,7% no segundo trimestre. E esse resultado foi saudado na Europa, porque os demais parceiros foram ainda piores.

O resultado, impulsionado pela demanda interna, mas prejudicado pela queda nas exportações, gerou uma crítica severa de parte do Conselho Alemão de Experts Econômicos, órgão de assessoria à chanceler Angela Merkel. O conselho lançou ontem (14) um relatório exortando o governo da recém-reeleita premiê a mudar de rumos para reverter "uma política econômica que constitui um retorno ao passado", distribuindo renda, mas não gerando novas riquezas.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, também foi duro com a política alemã para a Europa. "Nosso problema não é a competitividade da Alemanha, mas como a Alemanha pode fazer mais para ajudar a reequilibrar a economia da União Europeia."

Mas quem mais decepcionou foi a França. Depois de um inesperado e positivo crescimento de 0,5% no segundo trimestre, o país governado pelo socialista François Hollande deu mostras de que a recuperação não é uma certeza. Com o 0,1% de queda no terceiro período, a economia francesa pode chegar ao fim do ano em recessão, caso repita no quarto trimestre um desempenho ruim.

Entre os países que apresentaram melhor desempenho, estão Estônia e Finlândia, com 0,4% de crescimento, Bélgica, com 3%, e Áustria, Portugal - que no entanto continua a prever uma queda de 1,8% do PIB em 2013 - e Eslováquia, com 0,2%. Espanha e Holanda, quinta e sexta maiores economias do bloco, registraram 0,1%. Já a Itália continua no negativo, em recessão, conforme o Instituto Nacional de Estatísticas (Istat). Ao longo dos últimos 12 meses, a queda no PIB é acentuada: 1,9%.

O balanço da União Europeia e da zona do euro ainda não é definitivo porque faltam os dados de Grécia, Irlanda, Luxemburgo, Eslovênia e Malta, que ainda não informaram suas estatísticas a Bruxelas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Paris - A Europa registrou um novo trimestre de virtual estagnação econômica, indicando que a expectativa de recuperação ainda não se confirma. Dados do Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) dos países que adotam a moeda única cresceu 0,1% no terceiro trimestre, reduzindo o ritmo se comparado ao segundo, quando o crescimento foi de 0,3%. No conjunto dos 28 países da União Europeia, o resultado foi de 0,2%.

O desempenho decepcionante tem relação direta com as duas maiores potências do bloco, Alemanha e França, que ilustram a queda da performance. A economia alemã cresceu 0,3%, depois de ter alcançado animadores 0,7% no segundo trimestre. E esse resultado foi saudado na Europa, porque os demais parceiros foram ainda piores.

O resultado, impulsionado pela demanda interna, mas prejudicado pela queda nas exportações, gerou uma crítica severa de parte do Conselho Alemão de Experts Econômicos, órgão de assessoria à chanceler Angela Merkel. O conselho lançou ontem (14) um relatório exortando o governo da recém-reeleita premiê a mudar de rumos para reverter "uma política econômica que constitui um retorno ao passado", distribuindo renda, mas não gerando novas riquezas.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, também foi duro com a política alemã para a Europa. "Nosso problema não é a competitividade da Alemanha, mas como a Alemanha pode fazer mais para ajudar a reequilibrar a economia da União Europeia."

Mas quem mais decepcionou foi a França. Depois de um inesperado e positivo crescimento de 0,5% no segundo trimestre, o país governado pelo socialista François Hollande deu mostras de que a recuperação não é uma certeza. Com o 0,1% de queda no terceiro período, a economia francesa pode chegar ao fim do ano em recessão, caso repita no quarto trimestre um desempenho ruim.

Entre os países que apresentaram melhor desempenho, estão Estônia e Finlândia, com 0,4% de crescimento, Bélgica, com 3%, e Áustria, Portugal - que no entanto continua a prever uma queda de 1,8% do PIB em 2013 - e Eslováquia, com 0,2%. Espanha e Holanda, quinta e sexta maiores economias do bloco, registraram 0,1%. Já a Itália continua no negativo, em recessão, conforme o Instituto Nacional de Estatísticas (Istat). Ao longo dos últimos 12 meses, a queda no PIB é acentuada: 1,9%.

O balanço da União Europeia e da zona do euro ainda não é definitivo porque faltam os dados de Grécia, Irlanda, Luxemburgo, Eslovênia e Malta, que ainda não informaram suas estatísticas a Bruxelas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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