Economia

Volume de vendas do comércio cresce 8,98% até novembro

Depois de três anos consecutivos de retração, o setor de móveis e eletrodomésticos acumula alta de 26,95% e lidera o comércio varejista

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h21.

O volume de vendas do comércio varejista acumulou alta de 8,98% entre janeiro e novembro do ano passado, em relação a igual período de 2003. A receita nominal apresentou um incremento ainda maior: 12,23% na mesma comparação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O segmento de móveis e eletrodomésticos foi o que mais cresceu até novembro, com alta acumulada de 26,95% em volume. De acordo com o IBGE, o desempenho do setor foi favorecido pela expansão do crédito e da massa salarial, durante o ano passado. A demanda reprimida nos anos anteriores também colaborou, já que esse segmento havia sofrido retrações em 2001 (-1,28%), 2002 (-0,60%) e 2003 (-0,87%).

A melhoria do crédito também contribuiu para o bom desempenho do comércio de veículos, motos e autopeças, que acumulou um aumento de 17,7% no volume de vendas de janeiro a novembro. As outras duas categorias de varejo que apresentaram crescimento acima da média nesse período foram: outros artigos de uso pessoal e doméstico (16,43%) e equipamentos para escritório, informática e comunicação (13,11%).

Entre os setores que registraram desempenho abaixo da média, o IBGE destacou o comércio de combustíveis e lubrificantes. A categoria registrou um incremento de 4,79% no volume de vendas nos 11 meses do ano passado. Segundo o instituto, esse grupo de produtos foi prejudicado pelos fortes reajustes dos preços dos combustíveis, que atingiram 12,7% até novembro, contra 6,68% acumulado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no mesmo período.

A única atividade que acumula crescimento negativo até novembro é o varejo de livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 2,49%, de acordo com o IBGE.

Novembro

Somente em novembro, o varejo apontou uma alta de 6,44% no volume de vendas, em relação a igual mês do ano anterior, e 12,19% em receita nominal. A maior base de comparação está contribuindo para a desaleceração das taxas de crescimento, segundo o IBGE. Em outubro, por exemplo, a expansão do comércio foi de 8,39%, em volume de vendas, sobre outubro de 2003. Em setembro, a taxa foi de 9,25%.

Em termos regionais, houve desempenho positivo em 26 das 27 unidades pesquisadas. Roraima foi o único estado que apresentou desempenho negativo em novembro (-3,98% sobre o mesmo período de 2003). Rondônia e Mato Grosso foram os que registraram as altas mais fortes, com 17,75% e 16,57%, em volume, respectivamente.

Mas o peso das economias de São Paulo (5,62% de alta em volume em novembro), Minas Gerais (7,68%), Rio Grande do Sul (6,96%), Bahia (11,36%) e Rio de Janeiro (2,72%) fez com que esses estados tivessem maior influência no desempenho geral do comércio brasileiros no mês retrasado. Segundo o IBGE, paulistas e fluminenses respondem por quase a metade da receita do varejo brasileiro. A diferença entre os dois estados, em novembro, deveu-se ao varejo de combustíveis e lubrificantes. Enquanto, em São Paulo, essa categoria cresceu 8,95%, no Rio de Janeiro, houve retração de 0,58%.

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