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Vendas no varejo caem 4,86% em janeiro, diz IBGE

O volume de vendas do comércio varejista nacional caiu 4,86% na comparação com janeiro de 2002, registrando desempenho muito próximo ao de dezembro (-5,07%), informa a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE de janeiro. Em conseqüência, o indicador acumulado dos últimos 12 meses aprofundou sua queda: -0,98%, este mês, contra -0,69% no fechamento de 2002. […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

O volume de vendas do comércio varejista nacional caiu 4,86% na comparação com janeiro de 2002, registrando desempenho muito próximo ao de dezembro (-5,07%), informa a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE de janeiro. Em conseqüência, o indicador acumulado dos últimos 12 meses aprofundou sua queda: -0,98%, este mês, contra -0,69% no fechamento de 2002.

Já a receita nominal apresentou resultados positivos tanto em relação a janeiro do ano passado ( 13,75%), quanto no acumulado dos últimos 12 meses ( 8,04%), sendo ambas as taxas superiores às de dezembro.

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Por atividades, os resultados em relação a janeiro de 2002 foram de -10,85% em Móveis e eletrodomésticos; -6,17% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -4,53% em Combustíveis e lubrificantes; -0,91% para Demais artigos de uso pessoal e doméstico; e de 0,16% em Tecidos, vestuário e calçados. Super e hipermercados e Veículos e motos, partes e peças que estão na tabela abaixo, não entram no cálculo do indicador geral do varejo.

Pelo segundo mês consecutivo, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi o maior responsável pelo desempenho negativo do comércio varejista do país, com taxas de - 6,17% em relação a janeiro de 2002 e de -2,19% nos últimos 12 meses. A queda do poder de compra dos assalariados nos últimos meses, proporcionado pelo acentuado aumento de preços dos alimentos, é a principal explicação para este retrocesso de vendas.

O segundo maior impacto negativo no cômputo da taxa global do varejo, em janeiro, coube a Móveis e eletrodomésticos. A variação no volume de vendas de -10,85% sobre janeiro do ano passado e de -1,58% nos últimos 12 meses foi influenciada pelas restrições no poder aquisitivo das famílias e o aumento das taxas de juros do Crédito Direto ao Consumidor.

Com a primeira queda da atividade nos últimos sete meses (-4,53% sobre janeiro de 2002), Combustíveis e lubrificantes foi a terceira maior contribuição negativa na formação da taxa de desempenho do setor varejista, este mês. O resultado se justifica pelos recentes aumentos de preços dos combustíveis (25% de variação acumulada no trimestre novembro 2002-janeiro 2003, segundo o IPCA). No acumulado de 12 meses, o segmento apresentou crescimento de 4,86%.

O segmento Demais artigos de uso pessoal e doméstico fechou o quadro de contribuições negativas ao setor varejista nacional, em janeiro, reduzindo o volume de vendas em 0,91% em relação igual mês do ano anterior. Ainda assim, a atividade continua em franca desaceleração do ritmo de queda no que diz respeito ao indicador acumulado dos últimos 12 meses, cuja taxa de variação chegou a -1,06% este mês.

Por último, a atividade de Tecidos, vestuário e calçados obteve pequeno aumento no volume de vendas, que variou 0,16% sobre janeiro de 2002. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, o desempenho do segmento é negativo, com taxa de variação de -1,26%.

Em janeiro, 24 Unidades da Federação assinalaram queda no volume de vendas. Os maiores impactos na formação da taxa global vieram de São Paulo (-4,34%), Rio de Janeiro (-9,23%); Bahia (-8,08%); Rio Grande do Sul (-3,40%); e Goiás (-9,90%). Três estados registraram crescimento no volume vendido do varejo: Rondônia (2,25%); Piauí (5,62%); e Santa Catarina (0,15%).

Os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro iniciaram 2003 com quedas significativas no volume de vendas. O varejo do Rio de Janeiro, que havia encerrado 2002 com pequeno crescimento anual no volume de vendas, passou a sustentar este mês variação negativa (-0,53%) no indicador acumulado de 12 meses. Já o varejo de São Paulo manteve a tendência negativa do final do ano passado, registrando em janeiro redução de 1,59% no indicador acumulado dos últimos 12 meses.

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