Economia

Vendas do comércio crescem 1,82% em julho, diz IBGE

A Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, do mês de julho, revela que o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,82% na comparação com julho de 2001. O indicador acumulado no ano aponta queda de 0,46% em relação aos primeiros sete meses do ano passado. Nos últimos 12 meses, as vendas caíram 1,01%. Já […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h00.

A Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, do mês de julho, revela que o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,82% na comparação com julho de 2001. O indicador acumulado no ano aponta queda de 0,46% em relação aos primeiros sete meses do ano passado. Nos últimos 12 meses, as vendas caíram 1,01%.

Já a receita de vendas cresceu em todos os indicadores: 8,18% na comparação com julho de 2001, 5,61% no acumulado no ano, e 4,98% nos últimos 12 meses.

A expansão do volume de vendas do varejo, em julho, foi proporcionada pelos resultados positivos de combustíveis e lubrificantes; tecidos, vestuário e calçados; e de demais artigos de uso pessoal e doméstico.

As taxas desses grupos, em relação a julho de 2001 foram, respectivamente, de 6,95%; 5,71% e de 2,00%. Estas três atividades responderam exatamente por 100% da taxa global do setor, de 1,82%. Os resultados das demais atividades, na mesma comparação, foram de 0,07% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; e -0,32% em móveis e eletrodomésticos.

A atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que normalmente determina o movimento do varejo em função do seu elevado peso na receita do setor, teve participação praticamente nula na taxa global, em julho (taxa mensal de 0,07%). A atividade tem resultados negativos nos índices acumulado no ano (-0,74%) e acumulado nos últimos 12 meses (-0,61%).

Isoladamente, o ramo específico de hipermercados e supermercados obteve desempenho mensal um pouco mais elevado: 0,62% em relação a julho de 2001. Nos índices acumulados no ano e nos últimos 12 meses, o segmento manteve-se praticamente estagnado, com taxas de -0,05% e 0,04%, respectivamente.

Os 6,95% de acréscimo no volume de vendas de combustíveis e lubrificantes em julho são suficientes para compensar o baixo desempenho da atividade nos dois meses anteriores (maio: 1,91%, e junho: -2,08%). O índice traduz a adaptação da demanda aos últimos aumentos de preços dos combustíveis. O resultado mensal de julho fortalece a posição da atividade como destaque positivo de 2002. O acumulado no ano para o volume de vendas mostra aumento de 3,88% e o acumulado nos últimos 12 meses revela crescimento de 2,88%.

Em julho, o crescimento de 5,71% no volume de vendas de tecidos, vestuário e calçados interrompe uma seqüência de cinco meses de taxas negativas. Este desempenho deve-se a promoções de queima de estoques de artigos de inverno, cujos níveis de vendas ficaram abaixo das expectativas nos meses de maio e junho. Com esse aumento mensal, as variações acumuladas do volume de vendas da atividade tornaram-se menos negativas: -2,62% no acumulado no ano e -0,32% no acumulado dos últimos 12 meses.

O aumento de 2,00% no volume de vendas de demais artigos de uso pessoal e doméstico se destaca por ser o primeiro desempenho positivo da atividade desde o início da série de indicadores mensais (janeiro de 2001). Esse resultado reduz o ritmo de queda do volume de vendas acumulado no ano (-1,96%) e nos últimos 12 meses (-3,73%). No entanto, ainda mantém a atividade na condição de destaque negativo quanto ao indicador acumulado de 12 meses.

Em 21 dos 27 Estados, o comércio varejista aumentou o volume de vendas, em julho. Os maiores impactos positivos foram no Rio de Janeiro (3,06%); São Paulo (0,71%); Minas Gerais (2,75%); Paraná (3,15%); Santa Catarina (5,00%) e Ceará (6,77%). Os seis Estados com resultados negativos foram Mato Grosso (-3,95%); Mato Grosso do Sul (-3,01%); Alagoas (-2,90%); Acre (-2,50%); Distrito Federal (-0,86%) e Rio Grande do Sul (-0,74%).

Com 1,45% de crescimento no acumulado do ano, o varejo do Rio de Janeiro superou o de São Paulo, que registrou queda de -0,98% no mesmo índice.

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