UE pede reunião urgente do Quarteto após discurso de Obama
O objetivo é reativar o processo de paz no conflito palestino-israelense
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2011 às 12h08.
Bruxelas - Os ministros de Exteriores da União Europeia pediram nesta segunda-feira uma reunião do Quarteto de mediadores (grupo formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas) para reativar o processo de paz no Oriente Médio, após o discurso do presidente americano Barack Obama e dos episódios no mundo árabe.
Os 27 membros deram as boas-vindas ao posicionamento de Washington e consideraram que é o momento de avançar em direção a uma solução duradoura do conflito palestino-israelense, especialmente após o acordo de reconciliação entre os movimentos Hamas e Fatah.
Com esse objetivo, pediram um encontro do Quarteto que permita relançar o processo bloqueado.
Os ministros de Exteriores da UE, em um texto de conclusões, assinalam que as mudanças "fundamentais" que estão ocorrendo no mundo árabe tornam "mais urgente" a necessidade de conseguir progressos no processo de paz no Oriente Médio e, também reconhecem sua "profunda preocupação" pela continuação do bloqueio das negociações entre israelenses e palestinos.
Neste sentido, os ministros ressaltam faltam "parâmetros claros" que definam as bases da negociação e, que por sua vez, evitem "medidas unilaterais" das partes.
Por isso, o Conselho da UE recebe favoravelmente o recente discurso de Obama no qual definiu que os EUA consideram que as fronteiras prévias a 1967 são a base das negociações.
A União Europeia disse de forma reiterada nos últimos anos que não aceitará mudanças nessas fronteiras salvo que sejam estipuladas por palestinos e israelenses.
O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, avaliou nesta segunda-feira que a posição dos EUA e a da UE estejam agora "muito mais próximas" que antes.
Para a ministra de Exteriores espanhola, Trinidad Jiménez, as ideias de Obama são "uma boa base para uma declaração do Quarteto que permita relançar as negociações".
Segundo Jiménez, a atual conjuntura apresenta uma "boa oportunidade" para incentivar as negociações diretas entre Israel e os palestinos.
Nesse mesmo sentido, seu colega alemão, Guido Westerwelle, ressaltou que agora se abriu "uma janela que pode ser fechada rapidamente" se israelenses e palestinos não aproveitarem.
Além disso, a UE sublinhou a importância da reconciliação entre as facções palestinas e lembra a Israel (que vê com desconfiança a reconciliação anunciada neste mês entre Fatah e Hamas) que esse processo "lhe interessa", já que envolveria todas as partes na busca de um acordo de paz sustentável a longo prazo.
Em qualquer caso, Jiménez deixou claro que o Governo de unidade estabelecido do pacto entre as duas facções palestinas deve renunciar totalmente à violência e reconhecer o direito à existência de Israel.
Bruxelas - Os ministros de Exteriores da União Europeia pediram nesta segunda-feira uma reunião do Quarteto de mediadores (grupo formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas) para reativar o processo de paz no Oriente Médio, após o discurso do presidente americano Barack Obama e dos episódios no mundo árabe.
Os 27 membros deram as boas-vindas ao posicionamento de Washington e consideraram que é o momento de avançar em direção a uma solução duradoura do conflito palestino-israelense, especialmente após o acordo de reconciliação entre os movimentos Hamas e Fatah.
Com esse objetivo, pediram um encontro do Quarteto que permita relançar o processo bloqueado.
Os ministros de Exteriores da UE, em um texto de conclusões, assinalam que as mudanças "fundamentais" que estão ocorrendo no mundo árabe tornam "mais urgente" a necessidade de conseguir progressos no processo de paz no Oriente Médio e, também reconhecem sua "profunda preocupação" pela continuação do bloqueio das negociações entre israelenses e palestinos.
Neste sentido, os ministros ressaltam faltam "parâmetros claros" que definam as bases da negociação e, que por sua vez, evitem "medidas unilaterais" das partes.
Por isso, o Conselho da UE recebe favoravelmente o recente discurso de Obama no qual definiu que os EUA consideram que as fronteiras prévias a 1967 são a base das negociações.
A União Europeia disse de forma reiterada nos últimos anos que não aceitará mudanças nessas fronteiras salvo que sejam estipuladas por palestinos e israelenses.
O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, avaliou nesta segunda-feira que a posição dos EUA e a da UE estejam agora "muito mais próximas" que antes.
Para a ministra de Exteriores espanhola, Trinidad Jiménez, as ideias de Obama são "uma boa base para uma declaração do Quarteto que permita relançar as negociações".
Segundo Jiménez, a atual conjuntura apresenta uma "boa oportunidade" para incentivar as negociações diretas entre Israel e os palestinos.
Nesse mesmo sentido, seu colega alemão, Guido Westerwelle, ressaltou que agora se abriu "uma janela que pode ser fechada rapidamente" se israelenses e palestinos não aproveitarem.
Além disso, a UE sublinhou a importância da reconciliação entre as facções palestinas e lembra a Israel (que vê com desconfiança a reconciliação anunciada neste mês entre Fatah e Hamas) que esse processo "lhe interessa", já que envolveria todas as partes na busca de um acordo de paz sustentável a longo prazo.
Em qualquer caso, Jiménez deixou claro que o Governo de unidade estabelecido do pacto entre as duas facções palestinas deve renunciar totalmente à violência e reconhecer o direito à existência de Israel.