Economia

UE diz que Juncker se reuniu com Trump em harmonia com países-membros

Juncker já tinha estipulado com os chefes de Estado e de governo dos Estados-membros o que iria dizer sobre questão comercial na reunião com Trump

O resultado é uma situação em que ambas as partes ganham, isto é, uma boa negociação, disse o porta-voz da UE (Joshua Roberts/Reuters)

O resultado é uma situação em que ambas as partes ganham, isto é, uma boa negociação, disse o porta-voz da UE (Joshua Roberts/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de julho de 2018 às 09h38.

Bruxelas - A Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia (UE), afirmou nesta quinta-feira que seu presidente, Jean-Claude Juncker, viajou para Washington para falar sobre comércio com os Estados Unidos em "plena harmonia" com os líderes dos países do bloco, apesar de a França ter manifestado um enfoque menos conciliador que o finalmente estipulado.

"Ele foi a Washington em plena harmonia com os líderes porque, certamente, era a Europa que falava com os Estados Unidos", garantiu o porta-voz do Executivo comunitário, Alexander Winterstein, ao ser questionado se o enfoque adotado por Juncker na reunião com o presidente americano, Donald Trump, estava acordado com os Estados-membros.

O porta-voz acrescentou que Juncker já tinha tratado a questão comercial com os chefes de Estado e de governo dos países da UE no fim de junho na última cúpula europeia e insistiu que viajou para a capital americana "após ter falado com os Estados-membros e estipulado o que iria dizer".

Apesar de ter se recusado a divulgar os detalhes das conversas, Winterstein assinalou que Juncker manteve contatos diretos com os líderes de Alemanha, França, Holanda e Áustria esta semana antes de voar para Washington.

Questionado pelo fato de que um acordo foi alcançado sem a eliminação das tarifas sobre aço e alumínio impostas pelos EUA, que Bruxelas tinha colocado como condição para avançar nas conversas, o porta-voz disse que o presidente tinha insistido em falar com Trump em condições de igualdade, e "foi justamente isso o que ele fez".

"O resultado é uma situação em que ambas as partes ganham, isto é, uma boa negociação", acrescentou Winterstein, que ressaltou que "o importante é que agora há um processo estruturado de diálogo e um compromisso" e que não haverá decisões unilaterais durante as discussões.

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