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Ucrânia deve aceitar desconto oferecido por gás, diz Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a Ucrânia deve aceitar o desconto de US$ 100 por cada mil metros cúbicos de gás oferecido por Moscou

Vladimir Putin: "achamos que nossas ofertas são mais que amistosas" (Sergei Karpukhin/Files/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 11h23.

Moscou - O presidente da Rússia , Vladimir Putin , afirmou nesta quarta-feira que a Ucrânia deve aceitar o desconto de US$ 100 por cada mil metros cúbicos de gás russo oferecido por Moscou nas negociações que estão sendo realizadas em Bruxelas (Bélgica).

"Achamos que nossas ofertas são mais que amistosas, focadas em apoiar a economia ucraniana em tempos difíceis. Mas se nossas ofertas são rechaçadas, então passaremos para outra fase totalmente distinta, embora não seja nossa escolha", disse Putin em reunião com membros do governo russo.

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A Ucrânia rejeitou hoje o desconto de US$ 100 por cada mil metros cúbicos do gás russo proposto por Moscou e defendeu o estabelecimento de um contrato completo sobre o fornecimento do combustível.

"Os russos disseram que nos concederam um desconto de RS$ 100. Já conhecemos bem todas essas armadilhas de descontos: um dia dão, no outro cancelam por decisão do governo russo", afirmou o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, em reunião com o gabinete de governo.

Putin, ao conhecer as preocupações de Kiev, pediu hoje ao governo russo que elabore um documento que garanta uma longa duração para o desconto oferecido à Ucrânia.

A delegação da Rússia nas negociações de Bruxelas ofereceu à Ucrânia a anulação da tarifa de exportação do gás russo, medida que aplicou anteriormente em virtude dos acordos de Kharkiv, que contemplavam um desconto pelo aluguel da base da Frota russa do Mar Negro, localizada na Crimeia.

Mas após a anexação da Crimeia e do porto de Sebastopol, onde a frota russa tem sua base, Moscou cancelou o desconto.

A Crimeia foi anexada pela Rússia em março, após um referendo no qual sua população, de maioria russófona, aprovou a separação da Ucrânia ao negar legitimidade às autoridades que assumiram o poder em fevereiro, quando o então presidente Viktor Yanukovich foi deposto.

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