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Trump pressionará por reabertura dos EUA em meio a milhões de demissões

Presidente republicano deve fazer uma teleconferência com governadores às 15h

Donald Trump: ordens aos Estados também sujeitaram a economia a níveis que não eram vistos desde a Grande Depressão de quase um século (Yuri Gripas/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de abril de 2020 às 11h43.

Última atualização em 16 de abril de 2020 às 11h44.

O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, planeja anunciar nesta quinta-feira novas diretrizes para reativar a economia após um isolamento de um mês em reação ao surto de coronavírus, apesar dos temores de especialistas de saúde, governadores e líderes empresariais sobre uma ressurgência de casos sem mais exames e protocolos em vigor.

Trump anunciou a decisão de induzir os Estados a suspenderem o confinamento em casa e outras restrições impostas no mês passado para conter a disseminação da doença altamente contagiosa no momento em que o número de mortes se aproximou de 31 mil na quarta-feira -- mais do que qualquer outra nação.

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As ordens aos Estados também sujeitaram a economia a níveis que não eram vistos desde a Grande Depressão de quase um século atrás, já que um recorde de mais de 20 milhões de norte-americanos solicitaram auxílio-desemprego em meio às lojas e restaurantes fechados, incluindo outros 5,2 milhões que pediram ajuda na semana passada, o que elevou o índice de desemprego dos EUA a 8,2%.

O presidente republicano deve fazer uma teleconferência com governadores às 15h e disse que anunciará seu plano em uma coletiva de imprensa ainda nesta quinta-feira. A força-tarefa anticoronavírus da Casa Branca deve realizar seu briefing público diário às 17h.

Os dados desta quinta-feira sobre o desemprego chegam na esteira dos dados de um dia antes sobre o varejo, que mostraram uma queda recorde nas vendas e a menor produção industrial desde o final da Segunda Guerra Mundial – o que pressiona ainda mais Trump, que apostou sua reeleição em novembro na força da economia norte-americana.

Na quarta-feira, ele disse que dados levam a crer que os casos novos atingiram o pico e que líderes industriais que participaram de uma rodada de telefonemas lhe ofereceram boas perspectivas para reativar a economia com segurança -- mas o chefe de um grande sindicato alertou o presidente a não reabrir a menos que a segurança dos trabalhadores possa ser garantida, e executivos-chefes de algumas das maiores empresas do país disseram a Trump que mais exames são necessários para garantir a segurança, de acordo com diversas reportagens da mídia.

"Estamos em uma boa situação, e posso lhes garantir que a diretriz a ser apresentada hoje está alinhada com o que os especialistas estão dizendo, está alinhada com o que os dados estão mostrando e é um plano para recolocar a economia nos eixos", disse a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, à rede Fox News nesta quinta-feira.

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