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Trump assina decreto para tirar EUA do acordo Transpacífico

Em sua campanha eleitoral, o empresário republicano já havia feito críticas ao acordo e dito que pretendia abandoná-lo

Trump: a decisão de Trump de enterrar o acordo de Obama em sua primeira semana mostra que está sério em relação a mudar a política comercial americana (Kevin Lamarque/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 15h17.

Última atualização em 23 de janeiro de 2017 às 15h26.

Washington - O presidente dos EUA, Donald Trump , retirou formalmente seu país da Parceria Transpacífico , um acordo comercial entre 12 nações negociado pelo presidente Barack Obama.

Em sua campanha eleitoral, o empresário republicano já havia feito críticas ao acordo e dito que pretendia abandoná-lo.

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O acordo, conhecido pela sigla TPP em inglês, é voltado a eliminar a maioria das tarifas e outras barreiras comerciais entre EUA, Japão, Canadá, México, Austrália, Vietnã, Malásia, Peru, Chile, Brunei, Cingapura e Nova Zelândia.

A China não faz parte da iniciativa.

O memorando que anunciou a decisão de Trump foi em grande medida simbólico, já que os líderes no Congresso e o governo Obama haviam sinalizado em novembro que não haveria votação em breve sobre o TPP.

Ainda assim, a decisão de Trump de enterrar o acordo de Obama em sua primeira semana mostra que está sério em relação a mudar a política comercial americana, após décadas em geral de liberalização, privilegiando um estilo de mais confrontação com a China e outros parceiros comerciais, com potenciais grandes tarifas para países que não se mostrarem dispostos a fazer concessões.

"Nós temos falado sobre isso há um longo tempo", afirmou Trump ao firmar o memorando.

Obama havia esperado que o TPP e suas regras comerciais pressionassem Pequim a reduzir vantagens dadas a suas empresas estatais, respeitar mais a propriedade intelectual e mesmo reduzir tarifas para além dos níveis exigidos quando o país entrou na Organização Mundial de Comércio, há 15 anos.

Já Trump e seus assessores veem com ressalvas os blocos comerciais multilaterais e preferem outros métodos, como a ameaça de tarifas e a busca por acordos bilaterais.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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