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Trabalho escravo movimenta US$ 32 bilhões no mundo

Organização Internacional do Trabalho divulga números sobre trabalho forçado e sugere que países vejam o Brasil como modelo no combate ao crime

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h23.

Por ano, o trabalho escravo gera uma riqueza de 32 bilhões de dólares no mundo. Metade das mercadorias ou serviços produzidos em situação degradante tem como destino regiões industrializadas, como Europa e Estados Unidos. Os números integram o primeiro relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) elaborado com estimativas da riqueza gerada por esses trabalhadores.

Segundo a OIT, existem hoje 12,3 milhões de pessoas em regime de trabalho forçado no mundo. Desse total, mais da metade está na Ásia: 9,5 milhões. Em seguida, vêm a América Latina e o Caribe, com 1,3 milhão de pessoas em situações de trabalho comparadas à escravidão. O relatório não faz uma análise por países, mas estima-se que esse número, no Brasil, seja de 25 mil trabalhadores.
O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, classificou o trabalho escravo como "o lado perverso da globalização". Crianças e jovens menores de 18 anos respondem por quase metade dos trabalhos forçados em todo o mundo.

Exemplo brasileiro

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O relatório divulgado hoje (11/5) pela OIT traz várias menções ao Brasil, considerado um modelo no combate à escravidão. Uma das principais ações ocorreu em 2003, quando o Brasil inseriu o crime de "redução da pessoa a condição análoga à de um escravo" no Código Penal.

Além disso, o Brasil teria intensificado a fiscalização. De 1995 a 2003, o número de inspeções realizadas pelo Ministério do Trabalho cresceu. Nesse período, cerca de 10 000 trabalhadores em regime de escravidão foram libertadas.

A Justiça brasileira considera trabalho escravo toda atividade em que a pessoa é forçada a trabalhar exaustivamente e em condições degradantes. Também é crime restringir a locomoção do trabalhador, mesmo que este esteja em dívida com o empregador.

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