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Todas as nossas decisões vão em direção da meta de inflação, diz Christine Lagarde

Em entrevista para uma emissora de televisão finlandesa, Lagarde está determinada a enfrentar a inflação e reduzi-la à meta de 2%

Lagarde: "Vamos olhar todos os números: inflação, custo de trabalho, projeções... E, assim, determinar o caminho da nossa política monetária" (Bloomberg/Bloomberg)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 22 de fevereiro de 2023 às 06h28.

A presidente do Banco Central Europeu ( BCE ), Christine Lagarde, falou, em entrevista para uma emissora de televisão finlandesa, que está determinada a enfrentar a inflação e reduzi-la à meta de 2%. "Todas as nossas decisões vão em direção à meta", afirmou.

Para isso, vai voltar a aumentar a taxa de juros. "Nos últimos seis meses, aumentamos as taxas de juros em mais de 330 pontos base (bp). Da última vez, aumentamos em 50 pb, e pretendemos aumentar de novo em março", declarou.

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Mas o montante em que os juros serão elevados depende dos indicadores, segundo a líder do BCE. "Vamos olhar todos os números: inflação, custo de trabalho, projeções... E, assim, determinar o caminho da nossa política monetária". Ela mencionou também os salários como um componente chave para determinar a taxa de juros.

Lagarde: não vemos nenhum país na Europa que estará em recessão, exceto Suécia

Segundo as previsões do Banco Central Europeu (BCE), não haverá, em 2023, nenhum país europeu em recessão, com exceção da Suécia.

"Todos os países estarão ok. Não estarão ótimos, mas sem recessão", declarou a presidente do BCE Christine Lagarde.

A última previsão do BCE é de que a inflação da zona do euro irá cair para 2,4% em 2025. "Quando estivermos confiantes de que a inflação já chegou à meta, não vamos precisar mais de altas taxas de juros."

Ela falou ainda que é preciso acabar com o risco de demissões em massa e recuperações judiciais nos países europeus.

Quando questionada, em entrevista a uma emissora de televisão finlandesa, se o BCE dava mais suporte a países em crise, a presidente respondeu que essa concepção é superestimada.

"A gente decide a política monetária por toda a área do euro. Não fazemos diferenças entre países do norte e do sul, pequenos e grandes, industriais e de serviços. Não decidimos por um país, mas por todos os 20 países", ela disse.

"Há diferença nas taxas de inflação entre os países, o que é explicada por alguns fatores, um deles sendo a proximidade com a Rússia", completou.

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