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Theresa May: a China como alternativa ao Brexit

ÀS SETE - May estará à frente de uma enorme delegação, que vai contar com 50 empresários, incluindo executivos da montadora Jaguar Land Rover

MAY É RECEBIDA PELO PREMIÊ LI KEQIANG: / Jason Lee/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 06h43.

Última atualização em 31 de janeiro de 2018 às 09h58.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, visita a China de 31 de janeiro a 2 de fevereiro, no que será sua primeira visita oficial ao país desde que assumiu o cargo. May viaja a convite do primeiro-ministro chinês Li Keqiang, num roteiro que inclui reuniões com lideranças dos meios político e econômico em Pequim, Xangai e Wuhan.

Theresa May tentará resgatar o relacionamento britânico com a China, e estará à frente de uma enorme delegação, que vai contar com 50 empresários, incluindo executivos da montadora Jaguar Land Rover, que recentemente processou uma montadora chinesa por copiar seus automóveis. Há outras rusgas a serem sanadas: Theresa May se negou a comentar se dará seu apoio formal à Iniciativa Belt and Road, gigantesco plano de investimentos em infraestrutura chinês. Em 2016, ela já tinha criado empecilhos para a instalação de uma usina nuclear chinesa na Inglaterra.

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A missão, então, é não deixar morrer a tão falada “era dourada” da relação entre os dois países, exaltadas desde a visita de Xi Jinping ao Reino Unido, em 2015, quando ele o então primeiro-ministro David Cameron chegaram a tomar cerveja em um pub. No dia 11 de janeiro deste ano, os dois países voltaram a conversar em Pequim, e chegaram a falar da criação de um novo fundo de 750 milhões de libras (cerca de 3,5 bilhões de reais) em investimentos mútuos. Cameron está atuando como vice-presidente do fundo.

Em dezembro do ano passado, o ministro das Finanças, Phillip Hammond, já tinha ido buscar uma aproximação, tentando vender Londres como o centro de transações para a moeda yuan e anunciando um investimento de 35 bilhões de dólares do Belt and Road. As exportações britânicas para a China aumentaram 60% desde 2010, e espera-se que a China seja um dos maiores investidores estrangeiros do Reino Unido até 2020. Garantir que isso aconteça é fundamental desde que os britânicos decidiram sair da União Europeia. Ontem, um documento vazado do governo revelou as preocupações econômicas com a saída da União Europeia. Pequim, neste cenário, pode ser um paliativo ao afastamento de Paris e Berlim.

Em paralelo, os britânicos pressionam May a falar sobre questões sociais e de direitos humanos, temas controversos do governo chinês. A ver se o clima de camaradagem permite à britânica tal ousadia.

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