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Temer sanciona lei do RenovaBio de incentivo a biocombustíveis

A lei deverá impulsionar o setor de biocombustíveis no país e ao mesmo tempo colaborar para o uso de combustíveis renováveis e menos poluentes

Temer: em meados de dezembro, o Senado concluiu a votação da matéria (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de dezembro de 2017 às 08h28.

Última atualização em 27 de dezembro de 2017 às 11h02.

Brasília - O presidente Michel Temer sancionou, com vetos, a lei que cria a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). A lei prevê a criação de metas compulsórias para redução das emissões de gases de efeito estufa para distribuidoras de combustíveis e a adição obrigatória de biocombustíveis a combustíveis fósseis.

Entre os pontos vetados está o que previa que as metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para a comercialização de combustíveis observaria a contribuição dos biocombustíveis para a melhoria da qualidade do ar e da saúde e para a segurança do abastecimento nacional de combustíveis, "inclusive seus reflexos positivos na infraestrutura logística e de transporte de combustíveis, na balança comercial, na geração de emprego, de renda e de investimentos".

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Nas razões do veto, o governo justificou que o estabelecimento de metas deve ser condizente com os objetivos traçados e que a inclusão de parâmetros como balança comercial e infraestrutura logística poderia enviesar a formação das metas e desviar a política de seu objetivo original.

Temer também barrou previsão de que a meta de cada distribuidor de combustível poderia ser reduzida mediante aquisição de biocombustíveis de produtores do Nordeste, Amazônia e Centro-Oeste. A justificativa é que a possibilidade de redução da meta individual prejudicaria a livre concorrência e criaria barreira a produtores de regiões não atingidas pelo benefício.

Foi vetado ainda dispositivo que permitiria redução da meta de distribuidores que comprassem combustíveis fósseis de produtores brasileiros. A justificativa é que isso criaria uma barreira à importação e teria impacto nos preços ao consumidor final.

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