Economia

Taxa de desemprego no Brasil pode dobrar por covid-19, diz Salim Mattar

Secretário especial do Ministério da Economia estima que os impactos da crise surgirão nos meses de julho e agosto

Economia: crise do coronavírus elevará o desemprego no país, que já estava alto, afirma Salim (Amanda Perobelli/Reuters)

Economia: crise do coronavírus elevará o desemprego no país, que já estava alto, afirma Salim (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de abril de 2020 às 11h41.

Última atualização em 30 de abril de 2020 às 19h23.

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, estimou nesta quinta-feira que a taxa de desemprego no país pode até dobrar por conta dos impactos da crise do coronavírus na economia.

"No Brasil a gente já estava com taxa de desemprego elevado. Presume-se que esse desemprego anterior possa aumentar entre 50% a 100% do que era a taxa anterior", afirmou ele, em live promovida pelo banco Credit Suisse.

"Nós só vamos saber disso nos meses de julho, agosto, para verificar qual o tamanho do estrago do coronavírus no Brasil", completou.

Sobre Pró-Brasil, Salim diz que inferno está cheio de boas intenções

O secretário Salim Mattar avaliou que o Plano Pró-Brasil, no qual "as pessoas são boas, querem contribuir" , mas que "inferno está cheio de gente com boas intenções".

Em live promovida pelo banco Credit Suisse, ele afirmou que o presidente Jair Bolsonaro tem rediscutido desestatizações com a equipe econômica e que é preciso sim retomar as obras no país, mas com dinheiro privado.

Segundo Salim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, está "muito, muito sólido" e conta com apoio total de Bolsonaro.

"É necessário retomar o investimento em infraestrutura? É. Com dinheiro público? Não. Tem que ser dinheiro privado", disse.

Salim afirmou que o governo precisa trabalhar para atrair e dar segurança para o investidor privado, num momento em que há recursos sobrando no mundo.

Nesse sentido, ele disse que as licenças para obras têm que ser mais ágeis e destacou que é preciso pensar numa solução para insegurança do investidor estrangeiro em relação à variação do dólar.

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