Exame Logo

Supermercados esperam prejuízo menor no final do ano

O Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) de outubro indicou crescimento real de 7,86% em relação a setembro. A entidade explica o resultado pela movimentação decorrente do Dia das Crianças e pelo maior número de dias do mês. Comparando com outubro do ano passado, porém, houve queda de 9,98%, o pior […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h29.

O Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) de outubro indicou crescimento real de 7,86% em relação a setembro. A entidade explica o resultado pela movimentação decorrente do Dia das Crianças e pelo maior número de dias do mês.

Comparando com outubro do ano passado, porém, houve queda de 9,98%, o pior resultado de 2003 nesse tipo de verificação, seguido pelo mês de setembro, com vendas 9,93% mais baixas do que setembro de 2002. Nos dez meses de 2003, as vendas acumulam queda de 3,52%, também o pior resultado do ano, agravando setembro, com o segundo pior resultado (-2,73%).

Veja também

Fátima Merlin, gerente de Economia e Pesquisa da Abras, afirma que os dados levantados foram piores do que o esperado, e explica o desempenho negativo do setor pela queda de renda, desemprego, aumento de tarifas e, finalmente, pelo confronto com uma base forte de comparação em 2002, quando houve majoração generalizada de preços em resposta à alta do dólar. São cada vez menores os recursos para o consumo , diz ela.

Mesmo em valores nominais, não deflacionados pelo IPCA, as vendas do setor acumularam em outubro o menor crescimento nominal (11,56%) de 2003, atingindo o ponto mais baixo de uma curva descendente iniciada em abril. Ainda assim, a Abras espera o pico de vendas justamente no último mês de 2003: quando dezembro for comparado com mesmo mês de 2002, a esperança do setor está calibrada para um aumento real de 5%, o que seria o melhor resultado do ano. Caso se confirme, o prejuízo acumulado poderá cair dos atuais 3,52% para 2% ou, quem sabe, 1%.

O modesto otimismo é baseado nas medidas para incentivo do microcrédito e na chegada do 13º salário. Para Fátima, mesmo que haja um movimento para a quitação de dívidas, deve sobrar uma boa parte do dinheiro para o consumo. E, ainda que não sobre nada, com as dívidas quitadas o consumidor pode voltar a se endividar.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame