Economia

Em balanço de final de ano, Lula reforça posição de Palocci e Furlan

O presidente Luís Inácio Lula da Silva aproveitou a cerimônia de balanço do governo em 2003, realizada nesta quinta-feira (18.12), para indicar alguns integrantes do primeiro escalão que não precisam se preocupar com a reforma ministerial que deve ocorrer a partir de 15 de janeiro. Lula fez elogios diretos à atuação de um seleto grupo […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h23.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva aproveitou a cerimônia de balanço do governo em 2003, realizada nesta quinta-feira (18.12), para indicar alguns integrantes do primeiro escalão que não precisam se preocupar com a reforma ministerial que deve ocorrer a partir de 15 de janeiro. Lula fez elogios diretos à atuação de um seleto grupo de ministros Antônio Palocci, da Fazenda; José Dirceu, da Casa Civil; Celso Amorim, das Relações Exteriores; Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Ricardo Berzoini, da Previdência; e Roberto Rodrigues, da Agricultura. "O companheiro Palocci, possivelmente a figura mais citada por todos aqueles que precisam de dinheiro do governo, teve a maestria de não ceder a qualquer pressão que colocasse em risco a estratégia de construir um país com base mais sólida, com a economia mais segura e sustentável", disse Lula.

Referindo-se ao tripé de negociadores externos do governo, Amorim, Furlan e Rodrigues, o presidente afirmou: "Não tenho medo de soltá-los em nenhuma arena do mundo, para enfrentar qualquer adversário, porque, certamente, os três sairão vencedores."

Ao longo da cerimônia, Lula enumerou realizações de quase todas as áreas do governo, separando-as em três grandes blocos: economia e desenvolvimento (o que inclui meio ambiente e ciência e tecnologia), cidadania e inclusão social e política externa.

No aspecto econômico, o presidente destacou a melhora, em relação ao final de 2002, em diversos indicadores. O relatório de prestação de contas apresentado pelo governo enumera os seguintes, sempre comparando novembro de 2002 com novembro de 2003: recuo da inflação mensal pelo IPCA de 3,02% para 0,34%; recuo do dólar de 3,63 reais para 2,94 reais; queda do risco-Brasil de 1 606 para 533 pontos; redução dos juros nominais de 30,90% ao ano para 16,66% ao ano; aumento do saldo comercial de 11,3 bilhões de dólares para 22 bilhões de dólares, entre janeiro e novembro.

Lula referiu-se também ao superávit de três bilhões de dólares na conta corrente (o último resultado positivo ocorreu em 1994) e ao crescimento da produção industrial, de 6,5% no período de junho a novembro. "Vencemos a primeira batalha", disse ele. "O Brasil já pode crescer com segurança."

O presidente não fez referência às críticas recebidas por vários projetos do governo, como a reforma tributária (que está só começando), a reforma da Previdência (ainda incompleta) e o novo modelo do setor elétrico (duramente criticado pelo setor privado). Ele se limitou a dizer que as mudanças que o Brasil precisa não serão obra de um mandato, de dois mandatos ou de uma década. Quem sabe, seja obra de uma ou mais gerações.

Os poucos empresários presentes afirmaram estar otimistas com as perspectivas para 2004. "O varejo sofreu com o desemprego e a queda de renda, mas isso foi um momento", disse Abílio Diniz, presidente do Grupo Pão-de-Açúcar. "Os sinais para a retomada dos investimentos já estão dados", afirmou Paulo Skaf, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). "O investimento produtivo já será maior no primeiro semestre do ano. Veremos contratações para investimento no primeiro trimestre", disse Benjamin Steinbruch, presidente do Grupo Vicunha. Os três consideraram razoável e realista a projeção de crescimento de 3,5% do PIB em 2004, que vem sendo usada pelo governo.

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