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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.
puxado pelos eventos internacionais, pois os encontros nacionais registraram alta mais tímida por conta da retração na economia interna.
O avanço de São Paulo no ranking da ICCA ocorreu em um ano fraco para o turismo mundial. Segundo dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), o trânsito internacional no ano passado ficou em 1%, depois da queda de -0,6% registrada em 2001. Para 2003, estima-se um crescimento entre 2% e 3% que leve à retomada dos patamares registrados antes dos ataques terroristas.
Visibilidade e qualidade
Para Roberto Gheler, do SPCVB, o levantamento da ICCA confirma o aumento da visibilidade internacional de São Paulo e as qualidades dos hotéis, restaurantes e centros de eventos instalados na cidade. Na América Latina, apenas a cidade do México pode fazer frente a São Paulo , diz. Não temos concorrentes na América do Sul.
O mesmo não se pode dizer do nível de concorrência interna no mercado paulista. Afora a disputa por hóspedes criadas com a chegada de grandes redes internacionais de hotéis e flats com seus espaços modernos e elegantes, os grandes locais para feiras agora disputam a atenção dos clientes oferecendo novas comodidades. No início do ano, os 60 mil metros quadrados do Expocenter Norte se tornaram a maior espaço para eventos climatizado do país - e deve ser seguido por outros centros de feiras de porte. Com o reaquecimento do mercado internacional neste ano podemos melhorar ainda mais nossa participação no ranking mundial , diz Gheler. A expectativa do SPCVB é que a cidade receba 93 mil eventos neste ano um crescimento de 3% em relação ao ano passado.
A agenda de eventos internacionais da cidade é eclética. Inclui de encontros esportivos a culturais. Para dar apenas alguns exemplos: no calendário fechado para os próximos anos inclui a Bienal de Design Gráfico, em setembro, que conta com a participação do Conselho Internacional de Design Gráfico com sede na Bélgica; o Congresso de Desenvolvimento Econômico da Organização das Nações Unidas (ONU), marcado para 2004, que vai atrair 15 mil visitantes; e o especializado Congresso Mundial de Nefrologia, que receberá 8 mil especialistas de várias partes do mundo. Apesar dessa multiplicidade, segundo Gheler, a área de eventos que mais cresceu nos últimos anos foi a de lançamento de novas tecnologias, movida pelo interesse das empresas em ampliar mercado na América Latina.
A melhora de São Paulo no ranking mundial, no entanto, não depende apenas da conjuntura econômica, da segurança ou da infra-estrutura local. Pesa também a qualidade da informação. Cerca de 20% dos estabelecimentos que recebem eventos internacionais não repassam seu calendário ao SPCVB, o órgão local responsável pelas notificações à ICCA. Segundo Gheler, se o número de informes aumentasse, São Paulo já teria galgado mais posições no ranking.