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Somente um quarto da malha rodoviária está em boas condições

Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transprote, 74,7% das estradas brasileiras apresentam algum grau de deficiência

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h00.

Somente um quarto de toda a malha rodoviária federal no Brasil está em boas condições para trafegar. Segundo a Pesquisa Rodoviária CNT 2004, divulgada hoje (6/10), 74,7% das estradas brasileiras apresentam algum grau de deficiência.

A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) é alarmante. Mesmo os trechos concedidos à iniciativa privada ou sob gestão estadual estão em estado precário. Mais da metade da malha apresenta problemas de pavimentação, como buracos e ondulações. A sinalização defeituosa foi constatada em 65,4% das rodovias, e 39,8% das estradas não possuem acostamento.

"O péssimo estado da malha rodoviária provoca centenas de mortes a cada ano e limita seriamente as possibilidades de crescimento econômico do país", afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade. É o que mostra reportagem da revista EXAME sobre a infra-estrutura no Brasil (se você é assinante, leia agora a reportagem da revista)Na avaliação de Andrade, o problema das rodovias deixou de ser apenas do setor de transporte, passando a ser um problema do governo e de toda a sociedade. A confederação defende a utilização dos recursos da CIDE é o principal eixo de solução para a reconstrução das rodovias e que as Parcerias Público-Privadas (PPPs) complementam a solução para infra-estrutura.

A nona edição da pesquisa rodoviária da CNT avaliou 100% da malha rodoviária federal pavimentada, inclusive os principais trechos sob gestão estadual e sob administração terceirizada. Com a ampliação da pesquisa e a inclusão do estado do Amapá, todos os estados da federação passaram a ser avaliados.

Durante 29 dias, 14 equipes de pesquisadores da CNT rodaram 74 681 quilômetros de rodovias em todo País para diagnosticar o estado geral de conservação, levando em conta a qualidade do pavimento, a sinalização e a geometria das vias. O estudo também verificou a infra-estrutura de apoio ao transporte rodoviário nas imediações das vias, observando a existência de praças de pedágio, controladores de velocidade e balanças.

No total, foram pesquisados 8 638 km na região Norte, 21 582 km no Nordeste, 11 052 km no Centro-oeste, 20 612 km na região Sudeste e 12 797 km no Sul.

Ranking dos melhores trechos rodoviários Ranking dos piores trechos rodoviários
1º - São Paulo (SP) a Limeira (SP) 1º - Poços de Caldas (MG) a Lorena (SP)
2º - Limeira (SP) a São José do Rio Preto (SP) 2º - Fortaleza (CE) a Picos (PI)
3º - São Paulo (SP) a Taubaté (SP) 3º - Curvelo (MG) a Ibotirama (BA)
4º - São Paulo (SP) a Uberaba (MG) 4º - Teresina (PI) a Barreiras (BA)
5º - Engenheiro Miller (SP) a Jupiá (SP) 5º - Manaus (AM) a Boa Vista (RR) a Pacaraíma (RR)
6º - São Paulo (SP) a Itaí (SP) a Espírito Santo do Turvo (SP) 6º - Posse (GO) a Ilhéus (BA)
7º - Barretos (SP) a Bueno de Andrade (SP) 7º - Araguaína (TO) a Picos (PI)
8º - Araraquara (SP) a São Carlos (SP) a Franca (SP) a Itapuã (SP) 8º - Jataí (GO) a Piranhas (GO)
9º - Campinas (SP) a Jacareí (SP) 9º - Belém (PA) a Guaraí (TO)
10º - Rio de Janeiro (RJ) a São Paulo (SP) 10º - Quipapá (PE) a Campina Grande (PB)
11º - Sorocaba (SP) a Cascata (SP) a Mococa (SP) 11º - Alta Floresta (MT) a Cuiabá (MT)
12º - Bauru (SP) a Itirapina (SP) 12º - Carazinho (RS) a BR 282 SC
13º - Ribeirão Preto (SP) a Borborema (SP) 13º - Maceió (AL) a Salgueiro (PE)
14º - São Paulo (SP) a São Vicente (SP) 14º - Leopoldina (MG) a BR 262 (MG)
15º - Belo Horizonte (MG) a São Paulo (SP) 15º - Rio Verde (GO) a Iporá (GO)
16º - Curitiba (PR) a Porto Alegre (RS) 16º - Rio Brilhante (MS) a Porto Murtinho (MS)
17º - Piracicaba (SP) a Moji-Mirim (SP) 17º - Douradados (MS) a Cascavel (PR)
18º - Catanduva (SP) a Taquaritinga (SP) a Ribeirão Preto (SP) 18º - Maceió (AL) a Paulo Afonso (PA)
19º - Cotia (SP) a Itararé (SP) 19º - Barracão (PR) a Cascavel (PR)
20º - Campo do Coxo (SP) a Eleutério (SP) 20º - Açailândia (MA) a Miranda do Norte (MA)
Fonte: CNT
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