Setor de serviços cria mais de 500 mil vagas; salário cai, diz IBGE

A Pesquisa Anual de Serviços do ano de 2000, do Instituto Nacional de Geografia e Estatística ( IBGE ), divulgada hoje revelou um aumento de 9,7% no pessoal ocupado no setor, em relação a 1999.

Em termos absolutos, isso equivale a 532.529 novos postos de trabalho. Mas enquanto a receita operacional liquida teve um aumento nominal de 17,72%, a remuneração média, em salários mínimos, paga aos empregados dos diversos segmentos de serviços caiu 5,9%.

O crescimento de 9,72% nos postos de trabalho deveu-se, principalmente, a atividades da área de informática, onde houve aumento de 18,83% e a outras atividades (serviços de rádio e televisão, serviços pessoais, serviços auxiliares da agricultura, representantes comerciais etc.), com 15,74%. As atividades de Correio e telecomunicações tiveram retração em torno de 0,55%, indicando uma reestruturação das empresas.

Na composição do segmento empresarial dos serviços não-financeiros cobertas pela pesquisa, destaca-se o segmento Transportes e Serviços auxiliares dos transportes, responsável por 27,9% receita operacional líquida, 26,6% dos salários pagos e 20,3% do pessoal ocupado.

As atividades de Correio e telecomunicações também se destacam com 21,7% da receita, embora representem apenas 0,4 % do número de empresas, o que ressalta a característica organizacional e tecnológica do segmento, com predominância de grandes empresas capital intensivas.

A PAS 2000 levantou informações sobre a estrutura produtiva dos setores mercantis não-financeiros, que abrangem os seguintes serviços: alojamento e alimentação; transportes e serviços auxiliares de transportes; Correio e telecomunicações; informática; serviços imobiliários e de aluguel de bens; serviços prestados a empresas e outras atividades, como auxiliares financeiros; representantes comerciais e agentes de comércio; auxiliares da agricultura; serviços recreativos, culturais e desportivos; serviços pessoais.

A PAS 2000 contabilizou 766.274 empresas, com uma receita operacional líquida de R$ 216,5 bilhões e ocupando 6,008 milhões de pessoas com massa salarial foi de R$ 43,2 bilhões.