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Secretário do Tesouro nos EUA critica auxílio semanal de US$ 600

Steven Mnuchin disse neste domingo não ter dúvidas de que o auxílio para desempregados pode ser desincentivo para americanos buscarem novos empregos

Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos Estados Unidos: Mnuchin disse que auxílio semanal de US$ 600 foi pago em excesso (Foto/AFP)
FS

Fabiane Stefano

Publicado em 2 de agosto de 2020 às 17h50.

Última atualização em 2 de agosto de 2020 às 17h59.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos , Steven Mnuchin, disse neste domingo não ter dúvidas de que o auxílio de US$ 600 semanais para desempregados pode ser, em alguns casos, um "desincentivo para norte-americanos buscarem novos empregos".

Em entrevista à rede de televisão ABC, Mnuchin sugeriu que o benefício, expirado na semana passada, foi "pago em excesso" a alguns desempregados, o que os levou a retardar o retorno ao mercado de trabalho.

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"O auxílio desemprego deveria ser uma substituição salarial, por isso deveria estar vinculado a uma porcentagem dos salários", disse ele. Mnuchin acrescentou que a intenção é garantir que haja os incentivos corretos para essas pessoas voltarem ao trabalho.

"Em certos casos já pagamos às pessoas mais para ficar em casa do que para trabalhar e isso criou problemas em toda a economia", disse.

Também neste domingo, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, democrata da California, disse à ABC que "os US$ 600 são essenciais para as famílias trabalhadoras da América".

Os democratas querem um acordo mais abrangente, enquanto a Casa Branca e os republicanos do Senado querem cortar esse pagamento adicional, alegando que em alguns casos as pessoas estão sendo pagas mais para ficar em casa do que se voltassem ao trabalho.

Congressistas participaram ontem de uma reunião para definir novas medidas de estímulo à economia do país e reportaram avanços nas negociações para a retomada do benefício semanal de US$ 600.

A pandemia no novo coronavírus tem custado caro à economia americana. Com mais de 4,5 milhões de contaminados e quase 155 mil mortos, oProduto Interno Bruto do país despencou 32,9% em taxa anualizada no trimestre passado.

 

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