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62% dos brasileiros acham que estão na classe baixa

Segundo pesquisa Latinobarómetro, brasileiro acha que sua situação econômica está melhor que a do país, mas não vê melhora no longo prazo

Moedas sobre notas de real: 29% dos brasileiros acreditam que economia vai mal ou muito mal (Marcos Santos/USP Imagens)

João Pedro Caleiro

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 15h17.

São Paulo - 43% dos brasileiros dizem que sua situação econômica pessoal atual é boa ou muito boa, mas apenas 26% acreditam que a economia do país vai bem. A desconexão entre as duas respostas se repete em todos os países da América Latina .

Esta é uma das conclusões do Latinobarómetro, pesquisa que entrevistou pessoalmente 20.204 indivíduos em junho deste ano em todos os 18 países da América Latina (com exceção de Cuba).

De forma geral, 25% dos latino-americanos afirmam que o próprio país está em situação econômica boa ou muito boa.

Com 26% de respostas positivas, o Brasil está empatado com Argentina e Nicarágua e fica atrás de Equador (57%), Uruguai (47%), Panamá (44%) e Chile (34%).

Já 29% dos brasileiros acreditam que a economia vai mal ou muito mal, abaixo apenas de Honduras (71%), Guatemala (51%), México (46%), Venezuela (37%) e Argentina (32%). O restante é dos que afirmaram que a situação do seu país é "regular".

Expectativas

Os brasileiros, no entanto, são alguns dos mais otimistas em relação ao ano que vem: 65% esperam melhora, abaixo apenas de Paraguai e República Dominicana.

Ainda assim, alguns dos campeões de avaliação negativa do futuro próximo acreditam que a situação tende a melhorar no longo prazo: na Colômbia, são 40%; na Venezuela, 38%.

Já no Brasil, 37% partilham dessa opinião, 11olugar entre os países avaliados e acima dos argentinos, bolivianos e mexicanos. De forma geral, o otimismo da região melhorou: foi de 31% para 40% nos últimos dois anos.

Situação pessoal

Um terço dos latino-americanos afirmam ter uma boa situação econômica, um salto em relação aos 19% registrados em 1995. No Brasil, o número chega a 43%, abaixo apenas do Equador (52%), Uruguai (50%) e Argentina (44%).


Na hora de se classificar economicamente, 8% dos brasileiros se colocaram na classe alta, 28% na média e 62% na baixa.

62% dos brasileiros afirmam que o salário é suficiente para dar conta de suas necessidades, número equivalente ao da Venezuela e atrás apenas de Uruguai, Argentina e Panamá. A média da região é 53%.

Fome e água quente

A pesquisa também perguntou para as pessoas se elas ficaram sem dinheiro pra comprar comida em algum momento nos últimos 12 meses.

Em 7 países, mais da metade da população respondeu que sim, e a taxa chega a impressionantes 55% no México. No Brasil, 19% responderam afirmativamente, só acima do Paraguai (14%).

11% dos brasileiros declararam que faltou dinheiro para a comida seguidas vezes ou algumas vezes, junto com Uruguai no final da lista.

75% dos brasileiros afirmaram ter água quente, atrás só de Chile e Argentina. A média da América Central é de 10% e chega a 2% em países como Nicarágua.

O Latinobarómetro é produzido pela Corporação Latinobarómetro, uma ONG sem fins lucrativos com sede em Santiago, no Chile. A pesquisa começou em 8 países em 1995 e aumentou gradativamente até atingir os 18 países, com exceção de Cuba.

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São Paulo - 43% dos brasileiros dizem que sua situação econômica pessoal atual é boa ou muito boa, mas apenas 26% acreditam que a economia do país vai bem. A desconexão entre as duas respostas se repete em todos os países da América Latina .

Esta é uma das conclusões do Latinobarómetro, pesquisa que entrevistou pessoalmente 20.204 indivíduos em junho deste ano em todos os 18 países da América Latina (com exceção de Cuba).

De forma geral, 25% dos latino-americanos afirmam que o próprio país está em situação econômica boa ou muito boa.

Com 26% de respostas positivas, o Brasil está empatado com Argentina e Nicarágua e fica atrás de Equador (57%), Uruguai (47%), Panamá (44%) e Chile (34%).

Já 29% dos brasileiros acreditam que a economia vai mal ou muito mal, abaixo apenas de Honduras (71%), Guatemala (51%), México (46%), Venezuela (37%) e Argentina (32%). O restante é dos que afirmaram que a situação do seu país é "regular".

Expectativas

Os brasileiros, no entanto, são alguns dos mais otimistas em relação ao ano que vem: 65% esperam melhora, abaixo apenas de Paraguai e República Dominicana.

Ainda assim, alguns dos campeões de avaliação negativa do futuro próximo acreditam que a situação tende a melhorar no longo prazo: na Colômbia, são 40%; na Venezuela, 38%.

Já no Brasil, 37% partilham dessa opinião, 11olugar entre os países avaliados e acima dos argentinos, bolivianos e mexicanos. De forma geral, o otimismo da região melhorou: foi de 31% para 40% nos últimos dois anos.

Situação pessoal

Um terço dos latino-americanos afirmam ter uma boa situação econômica, um salto em relação aos 19% registrados em 1995. No Brasil, o número chega a 43%, abaixo apenas do Equador (52%), Uruguai (50%) e Argentina (44%).


Na hora de se classificar economicamente, 8% dos brasileiros se colocaram na classe alta, 28% na média e 62% na baixa.

62% dos brasileiros afirmam que o salário é suficiente para dar conta de suas necessidades, número equivalente ao da Venezuela e atrás apenas de Uruguai, Argentina e Panamá. A média da região é 53%.

Fome e água quente

A pesquisa também perguntou para as pessoas se elas ficaram sem dinheiro pra comprar comida em algum momento nos últimos 12 meses.

Em 7 países, mais da metade da população respondeu que sim, e a taxa chega a impressionantes 55% no México. No Brasil, 19% responderam afirmativamente, só acima do Paraguai (14%).

11% dos brasileiros declararam que faltou dinheiro para a comida seguidas vezes ou algumas vezes, junto com Uruguai no final da lista.

75% dos brasileiros afirmaram ter água quente, atrás só de Chile e Argentina. A média da América Central é de 10% e chega a 2% em países como Nicarágua.

O Latinobarómetro é produzido pela Corporação Latinobarómetro, uma ONG sem fins lucrativos com sede em Santiago, no Chile. A pesquisa começou em 8 países em 1995 e aumentou gradativamente até atingir os 18 países, com exceção de Cuba.

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