Economia

Safra de soja dos EUA quebra; Brasil se beneficia no curto prazo

A safra de soja americana quebrou. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira (11/9) que o clima seco e quente durante o mês de agosto provocou a perda de quase 6 milhões de toneladas do grão no país. No curto prazo, a quebra deve favorecer o preço […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h24.

A safra de soja americana quebrou. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira (11/9) que o clima seco e quente durante o mês de agosto provocou a perda de quase 6 milhões de toneladas do grão no país. No curto prazo, a quebra deve favorecer o preço da soja brasileira no mercado internacional.

No início de agosto, o USDA previa colheita de quase 78 milhões de toneladas. Na projeção divulgada hoje, a expectativa caiu para menos de 72 milhões. Para o mercado americano, o impacto desta diferença é significativo, em razão da firme demanda doméstica e exportadora. Durante o dia de hoje, os preços futuros da soja operaram em forte alta na Bolsa de Chicago. O contrato futuro do grão, com vencimento em setembro saltou 5,3% na abertura do pregão, de acordo com informações de agências internacionais.

Para os produtores brasileiros, o impacto será no curto prazo. Os seis milhões de grãos americanos a menos devem valorizar o preço da soja brasileira no mercado internacional. "Os produtores que ainda têm parte da safra anterior para vender, conseguirão preço melhor", afirma o consultor Hugo Flumian, da Agroconsult. "E a fixação de preço para a próxima safra também pode ser beneficiada."

Entretanto, no médio prazo a tendência é de reequilíbrio dos preços. Isto porque o USDA - que orienta o mercado global de soja - apresenta estimativas baixas para a produção brasileira e argentina. No comunicado desta quinta-feira, os números apresentados foram 56 milhões de toneladas para o Brasil e 37 milhões de toneladas para a Argentina. As expectativas mais realistas apontam 58 milhões e 38,5 milhões de toneladas, respectivamente. "Se acontecer como no ano passado, a USDA irá revisar estes números para cima", diz Flumian. "O que significa que a produção esperada deve aumentar pressionando preços para baixo."

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