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Rodada Doha frustra e decepciona negociadores, diz subsecretário

Segundo o embaixador, este ano será novamente encerrado sem acordos

O subsecretário Valdemar Carneiro Leão: “não é segredo para ninguém que depois de dez anos [da Rodada] Doha não conseguimos avanço algum" (Elza Fiúza/Abr)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 14h54.

Brasília - O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Valdemar Carneiro Leão, reconheceu hoje (10) que este ano será encerrado sem acordos na Rodada Doha. Segundo ele, a sensação de frustração e decepção é generalizada. O embaixador lembrou que foram dez anos de tentativas de negociações que registram avanços mínimos.

“Não é segredo para ninguém que depois de dez anos [da Rodada] Doha não conseguimos avanço algum. Não há, portanto, segredo. Mais um ano se passou e este ano vai acabar sem resultados concretos”, disse Carneiro Leão.

Para o embaixador, um dos fatores que dificultaram as negociações de Doha foi a crise econômica internacional. Carneiro Leão lembrou que a crise gera desemprego e aumento das pressões protecionistas e mais contenção. No entanto, nos dias 16 e 17 de dezembro, em Genebra, haverá a última reunião do ano referente à Rodada Doha. Embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, representante do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), acrescentou que a questão do câmbio será abordada nessa reunião, na Suíça.

“O problema está na pauta, não adianta querer varrer para de baixo do tapete, seja qual for o resultado dessa discussão”, disse Azevêdo. “[Mas qualquer] decisão será decidida por consenso. Não é uma tarefa que ocorra da noite para o dia. Sempre que houver a evolução do sistema, haverá uma discussão sobre o problema.”

Os principais impasses envolvendo as negociações entre países em desenvolvimento e os desenvolvidos cercam os setores de agricultura, facilitação de comércio, serviços e manufaturados. A busca por consenso é o principal desafio dos negociadores. Os norte-americanos, por exemplo, cobram acordos mais ambiciosos na área de serviços e maior acesso ao mercado de produtos industriais dos países emergentes.

No entanto, os países em desenvolvimento exigem mais vantagens como garantias para seus produtos nas economias desenvolvidas. Os negociadores do Brasil, da Índia, da China e da África do Sul estão no grupo dos emergentes que lideram as negociações.

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Brasília - O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Valdemar Carneiro Leão, reconheceu hoje (10) que este ano será encerrado sem acordos na Rodada Doha. Segundo ele, a sensação de frustração e decepção é generalizada. O embaixador lembrou que foram dez anos de tentativas de negociações que registram avanços mínimos.

“Não é segredo para ninguém que depois de dez anos [da Rodada] Doha não conseguimos avanço algum. Não há, portanto, segredo. Mais um ano se passou e este ano vai acabar sem resultados concretos”, disse Carneiro Leão.

Para o embaixador, um dos fatores que dificultaram as negociações de Doha foi a crise econômica internacional. Carneiro Leão lembrou que a crise gera desemprego e aumento das pressões protecionistas e mais contenção. No entanto, nos dias 16 e 17 de dezembro, em Genebra, haverá a última reunião do ano referente à Rodada Doha. Embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, representante do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), acrescentou que a questão do câmbio será abordada nessa reunião, na Suíça.

“O problema está na pauta, não adianta querer varrer para de baixo do tapete, seja qual for o resultado dessa discussão”, disse Azevêdo. “[Mas qualquer] decisão será decidida por consenso. Não é uma tarefa que ocorra da noite para o dia. Sempre que houver a evolução do sistema, haverá uma discussão sobre o problema.”

Os principais impasses envolvendo as negociações entre países em desenvolvimento e os desenvolvidos cercam os setores de agricultura, facilitação de comércio, serviços e manufaturados. A busca por consenso é o principal desafio dos negociadores. Os norte-americanos, por exemplo, cobram acordos mais ambiciosos na área de serviços e maior acesso ao mercado de produtos industriais dos países emergentes.

No entanto, os países em desenvolvimento exigem mais vantagens como garantias para seus produtos nas economias desenvolvidas. Os negociadores do Brasil, da Índia, da China e da África do Sul estão no grupo dos emergentes que lideram as negociações.

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