As mais valiosas (Martin Puddy/Corbis/Latin Stock)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 07h26.
PEQUIM - O Banco Central da China pode ter que adotar medidas de afrouxamento para impulsionar a recuperação econômica ao longo do próximo ano, uma vez que investidores estrangeiros reduzem os compromissos de gastos frente a um panorama externo pessimista que ofusca as perspectivas para o maior exportador do mundo.
A pesquisa sobre expectativas econômicas do Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês) para o quarto trimestre, publicada nesta terça-feira, vê um salto no número de banqueiros que esperam um afrouxamento monetário no primeiro trimestre de 2013, mesmo que dados recentes tenham indicado uma leve recuperação nos últimos três meses do ano.
A fraqueza no ambiente externo permanece sendo um peso, de acordo com o Ministério do Comércio, que nesta terça-feira revelou dados mostrando que o investimento estrangeiro direto ampliou sua mais longa série de quedas na comparação anual em três anos.
"No próximo ano, ainda há muitas incertezas para a demanda externa e a perspectiva da economia global crescendo lentamente irá durar por um tempo", disse o porta-voz do ministério, Shen Danyang.
"Além disso, está surgindo um protecionismo comercial cada vez maior. Então não podemos ser otimistas sobre o ambiente comercial externo no próximo ano", completou Shen em entrevista à imprensa.
A China está a caminho de encerrar 2012 com o crescimento anual mais lento desde 1999 e, embora a estimativa de 7,7 por cento em pesquisa da Reuters esteja bem acima das de outras grandes economia do mundo, a leitura fica bem abaixo do crescimento anual de cerca de 10 por cento visto na maior parte dos últimos 30 anos.