Risco hídrico mostra necessidade de privatizar Eletrobras, diz secretário
Secretário Adolfo Sachsida afirmou que a privatização da Eletrobras terá efeito semelhante ao da venda da Telebrás para o setor de telecomunicações
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de maio de 2021 às 15h57.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida , disse nesta sexta-feira que os sinais recentes de risco hídrico apontam para a necessidade de privatizar a Eletrobras e aprimorar os marcos legais de energia. Em entrevista ao programa Economia em Foco, da Jovem Pan, Sachsida ressaltou que a privatização da companhia terá efeito semelhante ao da venda da Telebrás para o setor de telecomunicações.
"Privatizar a Eletrobras vai elevar a oferta do produto (energia) a um preço melhor", disse Sachsida.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o governo publicou nesta sexta alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em cinco Estados brasileiros - Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná - devido ao pouco volume de chuvas.
A medida serve para "segurar" água nos reservatórios das hidrelétricas, evitando que seja liberado um volume usado, por exemplo, para assegurar a navegação em rios e garantir água potável para a população de alguns municípios.
Com o volume escasso de água nos principais reservatórios do País, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também decidiu fazer uma varredura em cada usina térmica instalada e em operação, para saber exatamente com o que poderá contar, a fim de afastar riscos de apagão e racionamento de energia.
"Temos que investir em agenda de privatizações", defendeu o secretário.
Apesar do risco hídrico, Sachsida ressaltou dados positivos sobre a economia brasileira, sobretudo as recentes revisões em relação à expectativa de crescimento. "Acredito que estamos em bom momento, os resultados começam a aparecer", disse. "Enquanto continuarmos com agenda de consolidação fiscal e produtividade, os resultados aparecerão", acrescentou.
O secretário disse também que "a melhor política econômica é vacinação em massa".