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RIO DE JANEIRO - 4º Lugar

Cheia de gás

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h21.

O engenheiro espanhol Daniel López, de 45 anos, é um ilustre desconhecido para a maioria dos cariocas. Mas seu trabalho influencia a vida de grande parte deles. López é presidente da CEG, a companhia de gás do Rio de Janeiro. Sua responsabilidade é levar o combustível para 600 000 clientes. A CEG é a maior empresa de gás do Brasil em número de consumidores. E, se tudo correr de acordo com os planos de seus controladores, deverá ficar ainda maior. A idéia é atingir um universo de 817 000 clientes no Rio de Janeiro até 2007, o que vai exigir o investimento de 1 bilhão de reais nos próximos cinco anos.

Quando os espanhóis da Gas Natural compraram a empresa, em 1997, no leilão de privatização, estavam de olho em um mercado que tende a se multiplicar. "O potencial é de 1,5 milhão de consumidores", diz López. Com uma forte base de clientes residenciais e empresariais, acesso ao gás produzido na Bacia de Campos e a inauguração de várias termelétricas, o Rio de Janeiro tornou-se uma cidade estratégica para a controladora da companhia. "Nosso foco de negócios é aqui", diz López. Além de todas essas vantagens, ele acrescenta mais uma à sua lista: a beleza da cidade. "O Rio é a cidade brasileira mais bonita e a mais conhecida no mundo", afirma.

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Os investimentos da CEG são um exemplo de quanto o setor de gás e petróleo vem ajudando a impulsionar a economia do Rio. Nos últimos anos, o estado registrou os maiores índices de crescimento do país. Só a indústria naval investirá 900 milhões de dólares até 2004 na construção de navios e plataformas de petróleo. Entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com o IBGE, a indústria do estado já havia crescido 10,7%, comparado com um decréscimo de 1,1% na média da indústria nacional.

O que chama a atenção agora, segundo Mariana Rebouças, gerente do departamento industrial do IBGE, é que, pela primeira vez, não é só o setor de petróleo que incrementa a economia carioca. A indústria de transformação como um todo está crescendo. Um caso emblemático é o da indústria têxtil. Nos primeiros nove meses deste ano, já havia crescido 20,6%.

As telecomunicações são outro destaque. A cidade é sede de algumas das principais empresas de telefonia do país: Telemar, Embratel, Telefônica Celular e ATL. Outro peso grande é o da indústria de satélites. A americana Star One, braço de satélite da Embratel, investirá, nos próximos três anos, 400 milhões de dólares em sua operação. "O Rio já é, informalmente, um pólo de telecomunicações", diz Edson Sofiati, presidente da Star One.

Neste ano, o Rio já recebeu, segundo a Federação das Indústrias do Estado (Firjan), 30 bilhões de dólares em novos investimentos. Embora os números sejam positivos, a Firjan acredita que a cidade precisa ainda fazer investimentos em infra-estrutura de estradas, portos e ferrovias. "Com o aperfeiçoamento da infra-estrutura, o Rio será, disparado, o melhor lugar para investir", diz Marta Sá, diretora da área de investimentos da entidade.

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