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Receio de investidores com Lava Jato diminuiu, diz ministro

O ministro de Minas e Energia se reuniu com representantes do setor de petróleo e energia elétrica para tratar de possíveis investimentos para o setor

Ministro: a operação Lava Jato é considerada com a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve (Divulgação/Facebook do deputado Fernando Coelho Filho)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 15h40.

Brasília - Integrante da comitiva brasileira que participou Fórum Mundial de Davos, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, considera que o receio de investidores internacionais com os possíveis desdobramentos da Operação Lava Jato tem diminuído.

Durante o Fórum Econômico, realizado na semana passada na Suíça, o ministro participou de pelo menos 14 reuniões com representantes do setor de petróleo e energia elétrica para tratar de possíveis investimentos para o setor.

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"Todo mundo pergunta da Lava Jato, mas todo mundo tem achado que há um movimento bom para as empresas. Todo mundo fala: quanta confusão, hein! Mas parece que as coisas agora estão acalmando", afirmou Fernando Coelho Filho em conversa com o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado). "O que percebi é que os investidores estão considerando de novo o Brasil", emendou.

A operação Lava Jato é considerada com a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal petrolífera do País, esteja na casa de bilhões de reais.

Apesar do ambiente de instabilidade tanto na área política quanto na econômica criado pelas investigações, segundo Fernando Coelho Filho empresas do setor de energia elétrica foram as que mais demonstraram interesses em fazer novos aportes de recursos no País. O principal foco delas estaria no processo de privatização das distribuidoras da Eletrobras, previsto para ocorrer ainda neste ano. Entre as companhias que revelaram interesse, de acordo com o ministro, está o grupo energético espanhol Iberdrola e o italiano, Enel.

"As duas disseram que estão atentas à privatização das distribuidoras. Disseram que têm interesse em aumentar a participação na área de distribuição no Brasil", ressaltou.

Em julho do ano passado, o governo federal, acionista majoritário da Eletrobras, abriu caminho para ser realizada a privatização de seis distribuidoras de energia do grupo que alimentam Estados da Região Norte e Nordeste. Entre elas está a Cepisa (Piauí), Ceal (Alagoas), Eletroacre, Ceron (Rondônia), Boa Vista Energia (Roraima) e Amazonas Energia. Elas deverão ser vendidas até 31 dezembro de 2017.

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