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"Carro blindado não basta"

"Já fui assaltado por gente armada e tenho certeza: alguém mandou me matar. Participo de duas entidades. A Transparência Brasil faz trabalho preventivo contra a corrupção. Tem como princípio mudar processos. Não aponta o dedo para ninguém. O Instituto São Paulo contra a Violência tem uma atuação concreta contra a criminalidade. Pode haver uma conexão […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h08.

"Já fui assaltado por gente armada e tenho certeza: alguém mandou me matar. Participo de duas entidades. A Transparência Brasil faz trabalho preventivo contra a corrupção. Tem como princípio mudar processos. Não aponta o dedo para ninguém. O Instituto São Paulo contra a Violência tem uma atuação concreta contra a criminalidade. Pode haver uma conexão entre essa ação (o atentado) e o Disque-Denúncia. Nunca imaginei que isso pudesse provocar a ira específica de alguém. Se os criminosos estivessem seguros, não reagiriam. Agora sei que o crime não está tranqüilo e se sente ameaçado.
Quero entender qual a mensagem de Deus por eu ter sobrevivido. Sei que não adianta tentarem me atingir. Sou uma única peça num processo. Um número cada vez maior de pessoas participa do instituto. Estamos assistindo em São Paulo a uma mudança cultural muito importante. Eu acredito nesse caminho. Insisto para que todo empresário colabore com o instituto. Muitos deles pensam apenas em sua própria segurança. Acham que basta um carro blindado. Os empresários têm uma função fundamental. Podem oferecer apoio, recursos, idéias. A eles eu digo: contribuir para melhorar a segurança pública é garantir a própria segurança."

(Relato de Eduardo Capobianco, 49 anos, presidente das ONGs São Paulo contra a Violência e Transparência Brasil, dois dias após ter sido cercado e baleado por desconhecidos)

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"Já fui assaltado por gente armada e tenho certeza: alguém mandou me matar. Participo de duas entidades. A Transparência Brasil faz trabalho preventivo contra a corrupção. Tem como princípio mudar processos. Não aponta o dedo para ninguém. O Instituto São Paulo contra a Violência tem uma atuação concreta contra a criminalidade. Pode haver uma conexão entre essa ação (o atentado) e o Disque-Denúncia. Nunca imaginei que isso pudesse provocar a ira específica de alguém. Se os criminosos estivessem seguros, não reagiriam. Agora sei que o crime não está tranqüilo e se sente ameaçado.
Quero entender qual a mensagem de Deus por eu ter sobrevivido. Sei que não adianta tentarem me atingir. Sou uma única peça num processo. Um número cada vez maior de pessoas participa do instituto. Estamos assistindo em São Paulo a uma mudança cultural muito importante. Eu acredito nesse caminho. Insisto para que todo empresário colabore com o instituto. Muitos deles pensam apenas em sua própria segurança. Acham que basta um carro blindado. Os empresários têm uma função fundamental. Podem oferecer apoio, recursos, idéias. A eles eu digo: contribuir para melhorar a segurança pública é garantir a própria segurança."

(Relato de Eduardo Capobianco, 49 anos, presidente das ONGs São Paulo contra a Violência e Transparência Brasil, dois dias após ter sido cercado e baleado por desconhecidos)

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