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Queda em investimentos na AL é desproporcional, diz Banco Mundial

Rio de Janeiro, 20 de novembro (Portal EXAME) Os países da América Latina não podem incorrer no erro da desesperança. A responsabilidade é corrigir o curso da história. Se os países da América Latina não conseguirem, o mundo não conseguirá. Foi com esse clima de otimismo que o presidente do Banco Mundial (Bird), James Wolfensohn, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.

Rio de Janeiro, 20 de novembro (Portal EXAME) Os países da América Latina não podem incorrer no erro da desesperança. A responsabilidade é corrigir o curso da história. Se os países da América Latina não conseguirem, o mundo não conseguirá. Foi com esse clima de otimismo que o presidente do Banco Mundial (Bird), James Wolfensohn, encerrou sua apresentação no primeiro dia da Cúpula de Negócios da América Latina 2002, no Fórum Mundial.

Para ele, a redução de investimentos que tem acontecido nos últimos anos na América Latina é desproporcional com o tamanho da crise que a região passa. Em 1997, a região recebia 40 bilhões de dólares. Atualmente, isso não passa de 20 bilhões , disse ele.

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Sobre o Brasil, o presidente do Bird acredita que Luiz Inácio Lula da Silva enfrentará os mesmos problemas que existem em países desenvolvidos: fome, desigualdade social e violência. É um momento de otimismo. O Brasil está diferente de 40 anos atrás, por exemplo , comentou ele, em uma referência a uma viagem que fez ao país. Agora, há consciência ambiental entre os moradores da Amazônia. Fazendas do Nordeste ensinam as crianças a usar o computador e a Internet. Isso em uma região que não existia nem luz elétrica. E completou: Julgue um país pelos seu conteúdo e potencial e não pelos seus números.

Wolfensohn fez sua apresentação logo após o vice-presidente sênior do Citigroup, Willian Rhdes, e afirmou que há três anos os cenários delineados para o Brasil e para a América Latina não eram tão ruins assim. Não é um problema regional. É uma crise que afeta todas as grandes potências. Os países desenvolvidos também têm problemas , disse o presidente do Bird.

Já para Rhodes, o Brasil deverá crescer apenas entre 1% e 1,2% neste ano. Segundo ele, Chile e Uruguai, teriam crescimentos previstos em 2% e 1,7%, respectivamente. Essa é a pior crise que a região já passou desde a década vazia dos anos 80 , afirmou. Ele salientou ainda que, no Brasil, apesar do sucesso da estabilidade e do controle da inflação, há muitos desafios pela frente".

Para ele, a região precisa fazer uma "segunda geração de reformas", com igual importância para avanços sociais e econômicos. "Os próximos passos das reformas devem privilegiar a melhoria da qualidade de vida para toda a América Latina." E completou: É importante que os dirigentes atuais latino-americanos não se virem contra os progressos já ocorridos em relação à economia global".

Crédito

Wolfensohn, assinou contrato com o Unibanco para a abertura de uma empresa de microcrédito no Brasil a partir do primeiro trimestre de 2003. Pelo acordo entre os dois bancos serão destinados até 1,25 milhão de dólares para esta linha de financiamento. O Banco Mundial será sócio da Microinvest, com 25% do capital, enquanto o restante ficará com a Fininvest, financeira que tem 100% do seu controle administrado pelo Unibanco.

As operações de crédito da nova empresa serão restritas ao Rio de Janeiro, "num primeiro momento", afirmou o presidente do Conselho do Unibanco, mas devem se estender no próximo ano para Recife, São Paulo e Porto Alegre. A criação da empresa foi possibilitada pela resolução de número 2874 do Banco Central, que regulamentou a atuação de instituições financeiras na concessão de microcrédito. Antes desta resolução, apenas Organizações Não Governamentais (ONGs), cooperativas de crédito e instituições do governo ofereciam esse tipo de financiamento.

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