Os principais desafios do NE na visão de 3 empresários
Na opinião de fundadores de 3 empresas nordestinas que têm dimensão nacional, presença do governo atrapalha o ambiente de negócios
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2014 às 19h29.
Salvador - O que falta para a economia nordestina decolar de vez? Na opinião de três empresáriosque fundaram empresas na região e que hoje têm dimensão nacional, o governo precisa se afastar, os estados têm de agir como um bloco unido ea meritocracia dentro das empresas necessita ser valorizada.
Veja a seguir a opinião de Antonio Andrade, fundador da Incorporadora Andrade Mendonça, de Deusmar Queirós, presidente da rede de farmácias Pague Menos e de Flávio Rocha, presidente da Riachuelo.
Os três estavam presentes no EXAME Fórum Nordeste, que aconteceu nesta terça-feira em Salvador.
1.Antônio Andrade, fundador da Andrade Mendonça:
"É duro ver que o Nordeste tem só 13% da economia porque a gente tem onde crescer. Não é por falta do mercado que não crescemos, mas por falta de estrutura pra crescer. O Nordeste tem que pensar como um bloco e tem que se preparar pra crescer junto, já que está todo atrasado como um bloco. Temos dimensões de um continente e precisamos desenvolver logística de forma conjunta, senão não funciona."
2.Deusmar Queirós, presidente da Pague Menos:
"Eu acho que as coisas tão melhorando. Sou otimista. Quando eu era criança, eu ia pra escola de jumento, já meus filhos vão de um jeito bem diferente.Vamos acabar com essa história de Nordeste coitadinho que não tem nada disso. Nós estamos melhorando e ainda vai melhorar muito.Falta o governo interferir menos nos negócios. A questão regulatória atrapalha muito. Falta também a gente eleger um governo que pense além dos 4 anos de mandato, um governo desenvolvimentista.Da parte das empresas, falta a elas valorizar quem realmente produz, criar um sistema de remuneração variável, a famosa meritocracia".
3.Flávio Rocha, presidente da Riachuelo:
"A presença e o enraizamento no Nordeste nos permitem capitalizar a inegável vocação têxtil do RN e do Nordeste em geral, com suas mulheres rendeiras. No entanto, a degradação do ambiente de negócios é um problema do Brasil em geral. Isso leva a uma presença do estado maior, especialmente no Nordeste, e sobra menos espaço para o livre mercado. Isso dá espaço para leis complexas que dificultam o desenvolvimento dos negócios com esse emaranhando legislativo tributário. É o chamado custo Brasil. Esse é o nó central a ser desatado nesse momento."
Salvador - O que falta para a economia nordestina decolar de vez? Na opinião de três empresáriosque fundaram empresas na região e que hoje têm dimensão nacional, o governo precisa se afastar, os estados têm de agir como um bloco unido ea meritocracia dentro das empresas necessita ser valorizada.
Veja a seguir a opinião de Antonio Andrade, fundador da Incorporadora Andrade Mendonça, de Deusmar Queirós, presidente da rede de farmácias Pague Menos e de Flávio Rocha, presidente da Riachuelo.
Os três estavam presentes no EXAME Fórum Nordeste, que aconteceu nesta terça-feira em Salvador.
1.Antônio Andrade, fundador da Andrade Mendonça:
"É duro ver que o Nordeste tem só 13% da economia porque a gente tem onde crescer. Não é por falta do mercado que não crescemos, mas por falta de estrutura pra crescer. O Nordeste tem que pensar como um bloco e tem que se preparar pra crescer junto, já que está todo atrasado como um bloco. Temos dimensões de um continente e precisamos desenvolver logística de forma conjunta, senão não funciona."
2.Deusmar Queirós, presidente da Pague Menos:
"Eu acho que as coisas tão melhorando. Sou otimista. Quando eu era criança, eu ia pra escola de jumento, já meus filhos vão de um jeito bem diferente.Vamos acabar com essa história de Nordeste coitadinho que não tem nada disso. Nós estamos melhorando e ainda vai melhorar muito.Falta o governo interferir menos nos negócios. A questão regulatória atrapalha muito. Falta também a gente eleger um governo que pense além dos 4 anos de mandato, um governo desenvolvimentista.Da parte das empresas, falta a elas valorizar quem realmente produz, criar um sistema de remuneração variável, a famosa meritocracia".
3.Flávio Rocha, presidente da Riachuelo:
"A presença e o enraizamento no Nordeste nos permitem capitalizar a inegável vocação têxtil do RN e do Nordeste em geral, com suas mulheres rendeiras. No entanto, a degradação do ambiente de negócios é um problema do Brasil em geral. Isso leva a uma presença do estado maior, especialmente no Nordeste, e sobra menos espaço para o livre mercado. Isso dá espaço para leis complexas que dificultam o desenvolvimento dos negócios com esse emaranhando legislativo tributário. É o chamado custo Brasil. Esse é o nó central a ser desatado nesse momento."