Produção integrada de frutas deve elevar exportações em 30%

Até o final deste ano, as exportações de frutas frescas devem alcançar US$ 340 milhões, representando cerca de 950 mil toneladas, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf). Isso significará um aumento de 30% em receita e em volume em relação a 2002, quando as vendas externas do país atingiram US$ 241 milhões, o equivalante a 669 mil toneladas. De janeiro a julho de 2003, as exportações cresceram 40%, totalizando US$ 139,5 milhões, em comparação com igual período do ano passado, quando somaram US$ 99,6 milhões.

Esse resultado deve ser impulsionado com o anúncio do Ministério da Agricultura, que pretende criar mais quatro pólos de Produção Integrada de Frutas (PIF): o de melão no Ceará e no Rio Grande do Norte; o de banana em São Paulo e Santa Catarina, o de pêssego no Rio Grande do Sul e o de figo e goiaba em SP. Hoje, há outros quatro em funcionamento: maçã em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, manga e uva no Vale do São Francisco (Bahia/Pernambuco), mamão no Espírito Santo e Bahia e caju no Ceará e Rio Grande do Norte.

Uma das ações previstas no Programa de Desenvolvimento da Fruticultura (Profruta), a PIF faz parte da estratégia brasileira para elevar as vendas externas e internas de frutas, além de criar novos empregos. O ministério afirma que a fruticultura gera, em média, três empregos diretos por hectare.

Dados do ministério mostram que a produção integrada gerou uma redução de 63,4% na aplicação de agroquímicos nos pomares de manga, de 50% nos de mamão, de 32% nos de uva e de 30% nos de maçã. Laranja, lima ácida, coco, caqui, maracujá, morango e abacaxi também deverão integrar os projetos de produção integrada de frutas até 2006. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, atrás apenas da China e da Índia.