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Produção industrial cai 0,3% em junho, diz IBGE

Sobre um ano antes, a indústria teve queda de 3,2 por cento.

Indústria: resultados vieram melhores que o esperado em pesquisa com economistas, que projetavam queda de 0,70 na variação mensal (bugphai/ThinkStock)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 10h34.

Rio de Janeiro e São Paulo - A produção industrial brasileira voltou a cair em junho, em ritmo menos intenso que o esperado mas ainda mostrando fraco desempenho no segmento voltado para investimentos e estagnação no de bens de consumo , corroborando o cenário de fraca atividade econômica do país.

Depois de mostrar expansão de 0,6 por cento em maio na base mensal, a produção recuou 0,3 por cento em junho, fechando o primeiro semestre com contração de 6,3 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Sobre um ano antes, a indústria teve queda de 3,2 por cento.

Os resultados vieram melhores que o esperado em pesquisa da Reuters com economistas, que projetavam queda de 0,70 na variação mensal e de 5 por cento na anual.

"Voltamos a operar no terreno negativo... O resultado de junho vem só confirmar um leitura negativa da indústria que se vê desde o fim do ano passado", afirmou o economista do IBGE, Andre Macedo.

Segundo o IBGE, em junho, o segmento de Bens de Capital --considerado uma medida de investimento-- recuou 3,3 por cento sobre maio e 17,2 por cento sobre junho de 2014, fechando o primeiro semestre com forte contração de 20 por cento.

“O baixo nível de expectativas do empresário nos últimos meses se reflete aqui", afirmou Macedo, referindo-se ao mau desempenho do segmento.

A categoria de bens intermediários apresentou em junho retração de 0,2 por cento sobre o mês anterior e de 1,7 por cento sobre um ano antes.

Já Bens de consumo mostrou estagnação sobre maio deste ano e queda de 2,4 por cento sobre junho de 2014. E, dentro dessa categoria, Bens de consumo duráveis recuou 10,7 e 2,4 por cento, respectivamente.

Já a subcategoria Bens de consumo semiduráveis e não-duráveis teve expansão de 1,7 por cento no mês, mas retração de 2,4 por cento sobre um ano antes.

Analistas já vinham apontando que a expansão vista em maio não era indicativo do início de uma recuperação do setor, que tem apresentado dificuldade há anos e pesando sobre a economia brasileira. Recentemente, a indústria tem sido afetada pelos juros altos e por cortes de investimento público, parte do reajuste macroeconômico promovido pelo governo.

O IBGE informou ainda que 15 dos 24 ramos pesquisados mostraram contração em junho, com destaque para máquinas e equipamentos (-7,2 por cento) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7por cento).

Na ponta positiva, o melhor desempenho para a média global veio de produtos alimentícios, que avançaram 3 por cento no mês, "eliminando assim parte da perda de 3,3% acumulada nos meses de abril e maio últimos", informou o IBGE.

As perspectivas para o futuro próximo tampouco são animadoras, com a economia brasileira caminhando para aquela que deve ser a pior recessão em 25 anos, segundo pesquisa Focus do Banco Central com economistas.

E já há sinais de que o desempenho fraco deve ter continuado em julho. Na véspera, a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para a indústria mostrou queda pelo sexto mês consecutivo, embora o ritmo de contração tenha diminuído.

Texto atualizado às 10h33

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Rio de Janeiro e São Paulo - A produção industrial brasileira voltou a cair em junho, em ritmo menos intenso que o esperado mas ainda mostrando fraco desempenho no segmento voltado para investimentos e estagnação no de bens de consumo , corroborando o cenário de fraca atividade econômica do país.

Depois de mostrar expansão de 0,6 por cento em maio na base mensal, a produção recuou 0,3 por cento em junho, fechando o primeiro semestre com contração de 6,3 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Sobre um ano antes, a indústria teve queda de 3,2 por cento.

Os resultados vieram melhores que o esperado em pesquisa da Reuters com economistas, que projetavam queda de 0,70 na variação mensal e de 5 por cento na anual.

"Voltamos a operar no terreno negativo... O resultado de junho vem só confirmar um leitura negativa da indústria que se vê desde o fim do ano passado", afirmou o economista do IBGE, Andre Macedo.

Segundo o IBGE, em junho, o segmento de Bens de Capital --considerado uma medida de investimento-- recuou 3,3 por cento sobre maio e 17,2 por cento sobre junho de 2014, fechando o primeiro semestre com forte contração de 20 por cento.

“O baixo nível de expectativas do empresário nos últimos meses se reflete aqui", afirmou Macedo, referindo-se ao mau desempenho do segmento.

A categoria de bens intermediários apresentou em junho retração de 0,2 por cento sobre o mês anterior e de 1,7 por cento sobre um ano antes.

Já Bens de consumo mostrou estagnação sobre maio deste ano e queda de 2,4 por cento sobre junho de 2014. E, dentro dessa categoria, Bens de consumo duráveis recuou 10,7 e 2,4 por cento, respectivamente.

Já a subcategoria Bens de consumo semiduráveis e não-duráveis teve expansão de 1,7 por cento no mês, mas retração de 2,4 por cento sobre um ano antes.

Analistas já vinham apontando que a expansão vista em maio não era indicativo do início de uma recuperação do setor, que tem apresentado dificuldade há anos e pesando sobre a economia brasileira. Recentemente, a indústria tem sido afetada pelos juros altos e por cortes de investimento público, parte do reajuste macroeconômico promovido pelo governo.

O IBGE informou ainda que 15 dos 24 ramos pesquisados mostraram contração em junho, com destaque para máquinas e equipamentos (-7,2 por cento) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7por cento).

Na ponta positiva, o melhor desempenho para a média global veio de produtos alimentícios, que avançaram 3 por cento no mês, "eliminando assim parte da perda de 3,3% acumulada nos meses de abril e maio últimos", informou o IBGE.

As perspectivas para o futuro próximo tampouco são animadoras, com a economia brasileira caminhando para aquela que deve ser a pior recessão em 25 anos, segundo pesquisa Focus do Banco Central com economistas.

E já há sinais de que o desempenho fraco deve ter continuado em julho. Na véspera, a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para a indústria mostrou queda pelo sexto mês consecutivo, embora o ritmo de contração tenha diminuído.

Texto atualizado às 10h33
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