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Produção e faturamento da indústria recuam no;1º trimestre

Recuo foi mais forte do que as previsões feitas pela Confederação Nacional da Indústria

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h25.

A indústria brasileira iniciou o ano com uma redução da produção e do faturamento. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador de produção marca 44,8 pontos, ante 57,6 no último trimestre de 2004. No caso do faturamento, a queda é ainda mais expressiva: 43,9 pontos, ante 58,2 nos últimos três meses do ano passado. Pela sondagem da CNI, valores acima de 50 indicam evolução positiva.

"Ainda que esse movimento fosse esperado devido aos fatores sazonais, a redução foi mais intensa, atingindo uma proporção maior de empresas, que a média histórica dos primeiros trimestres do ano", afirma relatório de sondagem industrial divulgado nesta sexta-feira (29/4).

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Mas o recuo no primeiro trimestre ainda não afetou a confiança do empresário no longo prazo. As expectativas quanto à evolução dos negócios continuam positivas. A expectativa para os próximos seis meses quanto a faturamento, exportações, compras de matérias-primas e número de empregados permanecem acima da linha divisória dos 50 pontos, independentemente do porte da empresa.

A perda de dinamismo entre janeiro e março está vinculada ao fraco desempenho das pequenas e médias empresas. O indicador de produção para este segmento marcou 43,2 pontos (ante 57,5 na sondagem anterior), o menor valor em dois anos. As grandes empresas, por sua vez, ainda mostram fôlego de crescimento, baseado especialmente no "extraordinário desempenho das vendas ao exterior". Elas continuam contratando e acumularam seis trimestres consecutivos de expansão do emprego. Mesmo neste caso, porém, o indicador para produção foi de 47,8 pontos (ante 57,8 no quarto trimestre de 2004), a primeira vez em sete trimestres em que situou-se abaixo dos 50 pontos. Com estoques indesejados em alta, a CNI alerta para a maior probabilidade de arrefecimento da atividade industrial no segundo trimestre deste ano.

Remarcação de preços

Sondagem industrial do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) divulgado nesta semana mostrou que 43% dos empresários consultados pretendem aumentar preços nos próximos três meses, 8 pontos percentuais acima do resultado de janeiro.

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